Alguma coisa mudou, desde que os tratamentos começaram?", pergunto ao paciente – ele deitado em uma maca na UTI. O anestesiologista coloca uma linha IV em seu braço e checa seus sinais vitais. Meu chefe psiquiatra ajusta a máquina que fornece os estímulos eletrônicos. Sou residente de psiquiatria, e essa é minha prática de terapia eletroconvulsiva. Estou aqui para observar e aprender.
"Meu celular sempre tem bateria cheia", responde o paciente, sem muita emoção.
Se ele fosse um amigo ou colega, com certeza eu iria rir. Mas ele é um paciente que eu mal conheço. O paciente tem transtorno bipolar, uma tentativa anterior de suicídio e um histórico de comportamento bizarro e impulsivo. Nesse contexto, a piadinha dele parece inapropriada.
Fico desconsertado. Tudo bem se eu rir? -- me pergunto. Como médico residente, com anos de experiência em ser inexperiente, olho rapidamente em volta para analisar o cenário.
A assistente de enfermagem ri e o anestesiologista dá uma grande risada. O chefe psiquiatra permanece de cara fechada e diz: "Podemos ver que ele está melhorando". Quando o anestesiologista injeta um sedativo, um telefone toca. Todos têm as mãos ocupadas; o telefone continua tocando. Antes de o paciente "apagar", ele me olha e diz: "Será que você pode atender? Deve ser o governador telefonando para adiar minha execução".
Um momento depois, ele dorme. O chefe psiquiatra me passa os condutores e eu me sinto levemente desconfortável quando os coloco na cabeça do paciente. As enfermeiras ainda riem enquanto ele começa a entrar em convulsão.
Quando eu era residente no serviço, geralmente brincava com meus pacientes. É assim que eu me relaciono com eles naturalmente, e brincar com cuidado com um paciente amedrontado é uma forma poderosa de gerar sintonia.
Mas quando e deixei os andares de medicina interna para trabalhar na psiquiatria, o humor foi embora. Seguindo conselhos dos médicos chefes, tentei ser mais concreto e direto com pacientes psicóticos, mais empático com pacientes depressivos e mais autoritário em uma sala de emergência movimentada. Desde a adolescência que eu não passo tanto tempo me preocupando com como vou me comportar.
Eu tinha uma idéia vaga de que levar um paciente a rir poderia ser terapêutico. Mas quando é seguro – e útil – brincar com um paciente psiquiátrico? Pelo menos no hospital, os pacientes pareciam ter problemas o bastante em se relacionar comigo sem ter que decodificar a sutileza do humor. Parecia arriscado demais, pronto para gerar desentendimento.
Ainda assim, havia pacientes que insistiam em fazer piadinhas comigo.
Como líder de uma reunião comunitária, pedi aos pacientes e aos membros da equipe do hospital para se apresentarem e dizerem algo sobre si. "Sou uma estagiária de assistente social!", disse alegremente um membro da equipe, seguida de um paciente, que declarou: "Sou um paciente de transtorno bipolar crônico".
Não era isso que eu tinha em mente. Eu imaginei algum tipo de detalhe biográfico, não um recital de títulos e diagnósticos. Fui ficando incomodado quando os pacientes começaram a descrever sua patologia pessoal para o grupo.
Quando comecei a me sentir desconfortável com a situação, um dos pacientes percebeu a tensão. "Sou estudante de enfermagem", ele disse, com ar de autoridade. O próximo paciente, que tinha problemas em lidar com outras pessoas, disse: "Sou o gerente de enfermagem".
Todo o grupo, incluindo eu, caiu na risada. Aquele momento contrastava enormemente com a atmosfera sóbria típica daquela unidade. Não foi a primeira vez que me perguntei se seria apropriado aliviar o tom e começar uma piada.
No final da minha residência, tive a resposta. Eu estava de plantão à 1h da manhã de uma quinta-feira, dando entrada no meu último paciente da noite. Era uma mulher na casa dos 60 anos, trazida pela polícia por comportamento perturbador no prédio dela. Após dar entrada contra sua vontade, ela se escondeu no quarto e se recusou a falar com as enfermeiras.
Quando tentei conversar com ela, a paciente enfiou a cabeça debaixo do travesseiro, exclamando: "Rejeito qualquer assistência psiquiátrica!" Mas por trás daquela recusa, percebi um tom brincalhão na voz dela.
"Tudo bem", eu disse. "Somos bons em cuidar de pessoas que negam assistência psiquiátrica".
Ela riu um pouco.
"A senhora pode me dizer como chegou aqui?". Nenhuma resposta.
Talvez eu devesse tentar algo mais concreto. Considerando a idade da paciente e a história que o residente mais experiente da emergência me contou, percebi que ela poderia ter deficiência cognitiva. "Quem está concorrendo à presidência?", perguntei.
Então tive uma resposta. Três pessoas, ela respondeu, usando um epíteto que não posso repetir aqui.
Quem são eles? Revidei, usando o mesmo epíteto.
"Clinton, Obama e McCain", disse ela, olhando para mim.
"OK, então o que uma pessoa tão boa quanto a senhora faz em um lugar como esse?", perguntei.
De repente, eu havia rompido a barreira. Ela começou a me contar sobre seus delírios paranóicos com o dono do imóvel onde mora e com os vizinhos. Eu me sentei e comecei a escrever.
"Conte mais", pedi.
*Benjamin Brody é médico residente do departamento de Weill Cornell de psiquiatria do New York-Presbyterian Hospital.
Benjamin Brody - 'New York Times'
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL868179-5603,00-EM+PSIQUIATRIA+E+SEGURO+USAR+O+HUMOR+COM+PACIENTES.html
Um espaço para trocarmos experiências sobre a Enfermagem Psiquiátrica e a Saúde Mental no Brasil
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Lítio pode ser o segredo da luta contra o Alzheimer
Aos 65 anos, a aposentada Marilaine da Luz elaborou uma maratona mental diária que envolve navegar pela internet, ler jornais, desafiar palavras cruzadas e espantar a solidão conversando com familiares e amigos. A estratégia de exercitar o cérebro se iniciou há cinco anos, quando dona Ilsa, mãe de Marilaine, hoje com 79 anos, foi diagnosticada com Alzheimer.
Como a maioria das pessoas que têm familiares com a enfermidade, Marilaine teme desenvolver a doença degenerativa, progressiva e incurável.
— Sinto medo e fico estressada só de pensar nessa doença. Já pensou esquecer de tudo? Se tivesse um remédio eficiente para prevenir, eu me atiraria de cabeça nele.
A droga sonhada por Marilaine ainda não existe. Mas talvez esteja próximo de ser encontrada. Uma pesquisa inédita, coordenada pelos professores Wagner Farid Gattaz e Orestes Forlenza, do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) indica que doses de lítio (empregado no tratamento de pacientes com transtorno bipolar) podem prevenir o surgimento da doença.
Com Gattaz e Forlenza à frente, pesquisadores do IPq aplicaram lítio em cerca de 200 voluntários com idade igual ou superior a 65 anos, sem diagnóstico de nenhum tipo de demência, mas que apresentavam transtornos cognitivos leves. Trata-se de um público-alvo de alto risco porque, embora saudáveis, em um ano é provável que entre 10% e 15% dos idosos com esse perfil demonstrem sintomas de Alzheimer. Os resultados obtidos são considerados auspiciosos.
— Dos que usaram lítio, 18% desenvolveram Alzheimer após um ano. Dos que tomaram placebo, o dobro foi diagnosticado com Alzheimer — diz Gattaz, presidente do Conselho Diretor do Instituto de Psiquiatria.
De acordo com o pesquisador, há dois fatores que contribuem para a morte acelerada de neurônios na doença de Alzheimer: a deposição de placas de um peptídeo chamado beta-amiloide, que acarreta a morte neuronal, e a hiperfosforilação da proteína tau, que leva a uma perda de sustentação do esqueleto celular. A enzima GSK contribui para esses dois mecanismos. Assim, supõe Gattaz, a inibição da GSK por meio do lítio pode prevenir as lesões neuropatológicas da doença O trabalho deverá ser publicado nas próximas edições da revista científica British Journal of Psychiatry.
Embora seja um passo importante em direção à prevenção, as perspectivas para o tratamento dos sintomas ou mesmo da cura da doença ainda estão distantes — para desilusão de Marilaine e dos familiares dos cerca de 1,2 milhões portadores de Alzheimer apenas no Brasil. A velocidade e a agressividade com que a doença compromete a capacidade cognitiva impressionam.
— Em três anos, pacientes submetidos a tratamento apresentarão os mesmo sintomas daqueles que não são medicados — afirma a Gattaz.
Alheia aos avanços da medicina, Marilaine dedica-se a ministrar doses diárias de carinho à mãe — o mais eficaz "remédio" descoberto, até hoje, para amenizar o sofrimento dos que vão e a dor dos que ficam.
— Minha mãe fez tudo por nós. Agora, estou retribuindo e fazendo tudo por ela — diz Marilaine, que desfruta de cada detalhe dos momentos de lucidez de dona Ilsa, hoje residindo em uma clínica especializada.
O que é Azheimer
Doença de Alzheimer é um distúrbio cerebral progressivo, que leva à destruição das células do cérebro, à perda de memória e a outras funções cerebrais. A doença geralmente se desenvolve lenta e gradualmente, piora à medida que mais células cerebrais morrem. Em última instância, a doença de Alzheimer é fatal e, atualmente, não existe cura.
Os sintomas
O sintoma inicial mais comum é a dificuldade de lembrar as informações aprendidas recentemente. Com o avanço da doença, surgem sintomas cada vez mais graves como desorientação, alterações de comportamento, confusão sobre eventos, hora e local, suspeitas infundadas sobre a família, amigos e cuidadores profissionais. A perda de memória se acentua e surgem dificuldades para falar, engolir e andar.
As causas
Enquanto os cientistas sabem que a doença de Alzheimer envolve a progressiva falência dos neurônios, a razão pela qual as células a doença se instala ainda não não está clara. Como em outras patologias crônicas, especialistas acreditam que o Alzheimer se desenvolve como um resultado complexo de múltiplos fatores, em vez de uma causa primordial. A idade e a genética têm sido identificados como fatores de risco, mas não os únicos. A descoberta de fatores de risco adicionais deverá ajudar a explicar o porquê de o Alzheimer se desenvolver em algumas pessoas e não outras.
Descobertas recentes
— Pesquisadores identificaram um gene que provavelmente aumenta o risco de Alzheimer de início tardio. O MTHFD1L está no cromossomo 6, e sua alteração foi identificada em 2.269 pessoas com Alzheimer. Indivíduos com mutação nesse gene teriam o dobro de riscos de desenvolver a doença.
— Uma pesquisa publicada no Archives of Neurology, desenvolvida no Medical Center da Universidade de Columbia, em Nova York (EUA), faz uma relação com a dieta. Cientistas descobriram que os participantes adultos que incluíam mais frutos oleaginosos, peixe, aves, frutas e verduras em sua alimentação, diminuindo a quantidade de laticínios gordurosos, carne vermelha e manteiga, apresentavam risco menor de sofrer de demência. O segredo pode estar em nutrientes como ômega 3, vitamina E e ácido fólico.
— Cientistas japoneses publicaram um estudo no periódico online especializado The Faseb Journal, anunciando a descoberta de uma nova ferramenta que poderá revolucionar o diagnóstico da doença. O exame mede o nível da proteína beta- amiloide no fluido espinhal do paciente. Quanto maior a presença da substância, maior a probabilidade de o indivíduo ser portador de Alzheimer.
10 sinais do Alzheimer
1) A perda de memória que perturba a vida diária
2) Desafios no planejamento ou resolver problemas
3) Dificuldade em completar tarefas familiares, no trabalho ou em lazer
4) Confusão com o tempo ou lugar
5) Problemas para compreensão visual
6) Problemas para falar ou escrever
7) Trocar o lugar das coisas
8) Dificuldades para tomar decisão
9) Ausência de atividades sociais
10) Alterações de humor e de personalidade
FONTE: Site alz.org da Associação Nacional de Alzheimer (EUA)
Foto:Robero Vinícius
Carlos Etchichury - carlos.etchichury@zerohora.com.br
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?section=Segundo%20Caderno&newsID=a3151903.xml
Como a maioria das pessoas que têm familiares com a enfermidade, Marilaine teme desenvolver a doença degenerativa, progressiva e incurável.
— Sinto medo e fico estressada só de pensar nessa doença. Já pensou esquecer de tudo? Se tivesse um remédio eficiente para prevenir, eu me atiraria de cabeça nele.
A droga sonhada por Marilaine ainda não existe. Mas talvez esteja próximo de ser encontrada. Uma pesquisa inédita, coordenada pelos professores Wagner Farid Gattaz e Orestes Forlenza, do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) indica que doses de lítio (empregado no tratamento de pacientes com transtorno bipolar) podem prevenir o surgimento da doença.
Com Gattaz e Forlenza à frente, pesquisadores do IPq aplicaram lítio em cerca de 200 voluntários com idade igual ou superior a 65 anos, sem diagnóstico de nenhum tipo de demência, mas que apresentavam transtornos cognitivos leves. Trata-se de um público-alvo de alto risco porque, embora saudáveis, em um ano é provável que entre 10% e 15% dos idosos com esse perfil demonstrem sintomas de Alzheimer. Os resultados obtidos são considerados auspiciosos.
— Dos que usaram lítio, 18% desenvolveram Alzheimer após um ano. Dos que tomaram placebo, o dobro foi diagnosticado com Alzheimer — diz Gattaz, presidente do Conselho Diretor do Instituto de Psiquiatria.
De acordo com o pesquisador, há dois fatores que contribuem para a morte acelerada de neurônios na doença de Alzheimer: a deposição de placas de um peptídeo chamado beta-amiloide, que acarreta a morte neuronal, e a hiperfosforilação da proteína tau, que leva a uma perda de sustentação do esqueleto celular. A enzima GSK contribui para esses dois mecanismos. Assim, supõe Gattaz, a inibição da GSK por meio do lítio pode prevenir as lesões neuropatológicas da doença O trabalho deverá ser publicado nas próximas edições da revista científica British Journal of Psychiatry.
Embora seja um passo importante em direção à prevenção, as perspectivas para o tratamento dos sintomas ou mesmo da cura da doença ainda estão distantes — para desilusão de Marilaine e dos familiares dos cerca de 1,2 milhões portadores de Alzheimer apenas no Brasil. A velocidade e a agressividade com que a doença compromete a capacidade cognitiva impressionam.
— Em três anos, pacientes submetidos a tratamento apresentarão os mesmo sintomas daqueles que não são medicados — afirma a Gattaz.
Alheia aos avanços da medicina, Marilaine dedica-se a ministrar doses diárias de carinho à mãe — o mais eficaz "remédio" descoberto, até hoje, para amenizar o sofrimento dos que vão e a dor dos que ficam.
— Minha mãe fez tudo por nós. Agora, estou retribuindo e fazendo tudo por ela — diz Marilaine, que desfruta de cada detalhe dos momentos de lucidez de dona Ilsa, hoje residindo em uma clínica especializada.
O que é Azheimer
Doença de Alzheimer é um distúrbio cerebral progressivo, que leva à destruição das células do cérebro, à perda de memória e a outras funções cerebrais. A doença geralmente se desenvolve lenta e gradualmente, piora à medida que mais células cerebrais morrem. Em última instância, a doença de Alzheimer é fatal e, atualmente, não existe cura.
Os sintomas
O sintoma inicial mais comum é a dificuldade de lembrar as informações aprendidas recentemente. Com o avanço da doença, surgem sintomas cada vez mais graves como desorientação, alterações de comportamento, confusão sobre eventos, hora e local, suspeitas infundadas sobre a família, amigos e cuidadores profissionais. A perda de memória se acentua e surgem dificuldades para falar, engolir e andar.
As causas
Enquanto os cientistas sabem que a doença de Alzheimer envolve a progressiva falência dos neurônios, a razão pela qual as células a doença se instala ainda não não está clara. Como em outras patologias crônicas, especialistas acreditam que o Alzheimer se desenvolve como um resultado complexo de múltiplos fatores, em vez de uma causa primordial. A idade e a genética têm sido identificados como fatores de risco, mas não os únicos. A descoberta de fatores de risco adicionais deverá ajudar a explicar o porquê de o Alzheimer se desenvolver em algumas pessoas e não outras.
Descobertas recentes
— Pesquisadores identificaram um gene que provavelmente aumenta o risco de Alzheimer de início tardio. O MTHFD1L está no cromossomo 6, e sua alteração foi identificada em 2.269 pessoas com Alzheimer. Indivíduos com mutação nesse gene teriam o dobro de riscos de desenvolver a doença.
— Uma pesquisa publicada no Archives of Neurology, desenvolvida no Medical Center da Universidade de Columbia, em Nova York (EUA), faz uma relação com a dieta. Cientistas descobriram que os participantes adultos que incluíam mais frutos oleaginosos, peixe, aves, frutas e verduras em sua alimentação, diminuindo a quantidade de laticínios gordurosos, carne vermelha e manteiga, apresentavam risco menor de sofrer de demência. O segredo pode estar em nutrientes como ômega 3, vitamina E e ácido fólico.
— Cientistas japoneses publicaram um estudo no periódico online especializado The Faseb Journal, anunciando a descoberta de uma nova ferramenta que poderá revolucionar o diagnóstico da doença. O exame mede o nível da proteína beta- amiloide no fluido espinhal do paciente. Quanto maior a presença da substância, maior a probabilidade de o indivíduo ser portador de Alzheimer.
10 sinais do Alzheimer
1) A perda de memória que perturba a vida diária
2) Desafios no planejamento ou resolver problemas
3) Dificuldade em completar tarefas familiares, no trabalho ou em lazer
4) Confusão com o tempo ou lugar
5) Problemas para compreensão visual
6) Problemas para falar ou escrever
7) Trocar o lugar das coisas
8) Dificuldades para tomar decisão
9) Ausência de atividades sociais
10) Alterações de humor e de personalidade
FONTE: Site alz.org da Associação Nacional de Alzheimer (EUA)
Foto:Robero Vinícius
Carlos Etchichury - carlos.etchichury@zerohora.com.br
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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Consultas de psiquiatria na Internet
Um hospital lituano, situado na capital Vilnius, começou a prestar um serviço de consultas de psiquiatria gratuitas através da Internet.
O serviço de consultas on-line ateve início recentemente no Hospital Psiquiátrico de Vilnius e tem como objetivo melhorar a prestação de cuidados por parte dos serviços de saúde mental locais.
De acordo com o Ministério da Saúde da Lituânia o serviço destina-se não só aos pacientes que receberam alta e necessitam de apoio, mas também para os familiares ou amigos de pessoas com problemas tirarem dúvidas sobre como lidar com a situação.
http://www.i-gov.org/index.php?article=14539&visual=2
O serviço de consultas on-line ateve início recentemente no Hospital Psiquiátrico de Vilnius e tem como objetivo melhorar a prestação de cuidados por parte dos serviços de saúde mental locais.
De acordo com o Ministério da Saúde da Lituânia o serviço destina-se não só aos pacientes que receberam alta e necessitam de apoio, mas também para os familiares ou amigos de pessoas com problemas tirarem dúvidas sobre como lidar com a situação.
http://www.i-gov.org/index.php?article=14539&visual=2
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Brinque com suas crianças para lhes garantir saúde mental
Aprender um hobby ou outra tarefa complexa na infância com a ajuda de um adulto de confiança pode ajudar a proteger as crianças contra o surgimento de transtornos de personalidade mais tarde na vida.
Esta é a conclusão de um estudo publicado na edição deste mês da revista Development and Psychopathology.
Passar tempo com uma criança, lendo para ela, ajudando nos trabalhos escolares ou ensinando-lhes a organizar coisas contribui para promover uma melhor saúde psicológica na idade adulta.
Conexão com as pessoas
"A forte conexão interpessoal e as habilidades sociais que as crianças aprendem ao ter relacionamentos ativos com os adultos melhora o desenvolvimento psicológico positivo", disse o principal autor do estudo, Mark F. Lenzenweger, da Universidade de Binghamton, nos Estados Unidos.
"Com isso, a criança desenvolve seu próprio sistema de afiliação - sua conexão com o mundo das pessoas. Sem esse sistema, a forma como a criança se conecta com os outros seres humanos pode ser severamente prejudicada. E, como eu descobri, é esse comprometimento que prediz o aparecimento de sintomas dos transtornos de personalidade esquizóide no início da idade adulta e mais tarde," explica Lenzenweger.
Lenzenweger diz que a verdadeira importância de suas descobertas é que elas ressaltam a importância de se envolver ativamente com as crianças durante seus anos de formação - o que é particularmente relevante nesta época de creches, TV, videogames e jogos de realidade virtual na internet.
Genético versus social
As relações interpessoais alimentam uma vontade de se envolver com os outros, que é a base psicológica da experiência humana. Nos indivíduos com transtorno de personalidade essa vontade de manter contato com outras pessoas é marcadamente ausente.
O pesquisador ressalta que o grande foco dos estudos anteriores sobre o tema tem sido a influência genética - seriam as nossas tendências herdadas que ditariam nossas respostas psicológicas e comportamentais para o tipo de situações e o estresse que a vida sempre joga sobre nós.
Mas o novo estudo mostra que a experiência social nos primeiros anos de vida é um forte preditor de um melhor ajustamento na vida adulta.
Agora o pesquisador pretende estudar simultaneamente os dois aspectos - psicológico e genético - para identificar o peso de cada um dos fatores na saúde mental dos adultos.
http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=brincar-criancas-garante-saude-mental&id=5992
Esta é a conclusão de um estudo publicado na edição deste mês da revista Development and Psychopathology.
Passar tempo com uma criança, lendo para ela, ajudando nos trabalhos escolares ou ensinando-lhes a organizar coisas contribui para promover uma melhor saúde psicológica na idade adulta.
Conexão com as pessoas
"A forte conexão interpessoal e as habilidades sociais que as crianças aprendem ao ter relacionamentos ativos com os adultos melhora o desenvolvimento psicológico positivo", disse o principal autor do estudo, Mark F. Lenzenweger, da Universidade de Binghamton, nos Estados Unidos.
"Com isso, a criança desenvolve seu próprio sistema de afiliação - sua conexão com o mundo das pessoas. Sem esse sistema, a forma como a criança se conecta com os outros seres humanos pode ser severamente prejudicada. E, como eu descobri, é esse comprometimento que prediz o aparecimento de sintomas dos transtornos de personalidade esquizóide no início da idade adulta e mais tarde," explica Lenzenweger.
Lenzenweger diz que a verdadeira importância de suas descobertas é que elas ressaltam a importância de se envolver ativamente com as crianças durante seus anos de formação - o que é particularmente relevante nesta época de creches, TV, videogames e jogos de realidade virtual na internet.
Genético versus social
As relações interpessoais alimentam uma vontade de se envolver com os outros, que é a base psicológica da experiência humana. Nos indivíduos com transtorno de personalidade essa vontade de manter contato com outras pessoas é marcadamente ausente.
O pesquisador ressalta que o grande foco dos estudos anteriores sobre o tema tem sido a influência genética - seriam as nossas tendências herdadas que ditariam nossas respostas psicológicas e comportamentais para o tipo de situações e o estresse que a vida sempre joga sobre nós.
Mas o novo estudo mostra que a experiência social nos primeiros anos de vida é um forte preditor de um melhor ajustamento na vida adulta.
Agora o pesquisador pretende estudar simultaneamente os dois aspectos - psicológico e genético - para identificar o peso de cada um dos fatores na saúde mental dos adultos.
http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=brincar-criancas-garante-saude-mental&id=5992
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Filhos de pais que cometem suicídio também estão em risco de sofrer desordens psiquiátricas
Autora: Barbara Boughton
Crianças com menos de 18 anos cujos pais cometeram suicídio tem 3 vezes mais chances de morrer por suicídio do que aquelas com parentes vivos, de acordo com um estudo coorte retrospectivo conduzido na Suécia.
O estudo foi o maior estudo que examinou os fatores de risco para suicídio e desordens psicológicas entre aqueles que são sobreviventes do suicídio parental, como prole de pais que morrem por doença ou acidentes. Esse resultado indica de que maneira um pai morre e a idade da criança no momento da morte, e esses fatores têm um grande impacto nos resultados psicológicos posteriores.
"O modo de morte dos pais — particularmente o suicídio— bem como o período de desenvolvimento ou idade da prole quando ocorreu o falecimento de um dos pais tinha um impacto a longo prazo nos resultados psicológicos.
Nosso estudo aponta para a importância da conscientização e a necessidade de monitoramento do risco para sintomas psiquiátricos adversos entre crianças que perdem seus pais em razão do suicídio e referindo jovens sobreviventes de suicídio dos pais para tratamento psiquiátrico se necessário,” disse o pesquisador, o Dr.Holly Wilcox, professor assistente epidemiologista psiquiátrico no Johns Hopkins Children’s Center in Baltimore, Maryland.
No estudo, os investigadores comparam suicídios, hospitalizações psiquiátricas e condenações por crimes violentos durante 30 anos em mais de 500.000 crianças suecas, e jovens adultos que perderam um dos pais para o suicídio doença ou acidente.
Esses resultados foram comparados com aqueles de 4 milhões de crianças e jovens adultos com pais vivos.O estudo descobriu que aqueles que perderam seus pais para o suicídio tinham um maior risco de hospitalização para todos os tipos de desordens psiquiátricas a tentativas de suicídio do que a prole de pais vivos (ratio de incidência [IRR], 1,3 – 1,9).
Crianças com menos de 13 anos que perderam os pais para doença não tiveram um risco aumentado para suicídio. Mas todas as crianças que experimentaram a morte de um dos pais tinham mais chances de necessitar de hospitalizações em razão de tentativas de suicídio, depressão, droga e uso de álcool, psicose, e desordens de personalidade do que a prole de parentes vivos (IRRs variando de 1.3 a 1,9 até a idade de 25 anos).
Os pesquisadores concluíram que o risco para suicídio e desordens psicológicas foi maior entre aqueles que experimentaram suicídio dos pais na infância ou adolescência. Aqueles que perderam seus pais para o suicídio como jovens adultos, não tinham um risco aumentado para o suicídio se comparados com aqueles que tinham pais vivos (IRR, 1,3; 95% e intervalo de confiança, 0,9 – 1,9).
Prole que perdeu um dos pais para o suicídio durante a infância também tinha mais chances de experimentar o uso de drogas e desordens psicóticas do que aqueles que perderam um dos pais para o suicídio durante o início da vida adulta (interação P = 0,04 e P = 0,04).
Apesar de aqueles que experimentaram a morte de um pai com menos de 26 anos tiveram um maior risco de ter convicções criminais violentas do que aqueles com parentes vivos (IRR, 1,2 – 1,6), o modo da morte não parecia fazer muita diferença se a prole estava convicta de um crime violento.
"Nós esperamos achar que os sobreviventes de suicídio tiveram um risco aumentado para convicções criminais violentas," disse o Dr. Wilcox. Esse resultado pode sugerir que os traços agressivos e impulsivos são menos ligados fortemente ao suicídio do que pesquisa anterior sugeriu apesar de convicções clínicas violentas são apenas uma medida de tais traços, ele adicionou.
Apesar de os resultados do estudo ser impressionantes, o Dr. Wilcox chama atenção para o fato que a taxa de suicídios completos em sobreviventes ainda é baixa — cerca de 3%. "Suicídio é um resultado bastante raro ate mesmo nessa população de risco," ela disse.
"O tamanho do estudo é tão substancial que os investigadores foram capazes de demonstrar alguns achados muito cruciais sobre a prole de um pai que comete o suicídio," comentou Matthew Biel, professor assistente e diretor de psiquiatria de crianças e adolescentes no Georgetown University Hospital, Washington, DC.
"O estudo dá forte evidência que o suicídio dos pais é um fator muito importante na saúde mental a longo prazo da prole, e os esforços necessitam ser realizados para identificar as intervenções mais efetivas que irão suportar o ajuste e o desenvolvimento a longo prazo de crianças e adolescentes com pais que cometeram suicídio,” ele disse.
O estudo teve algumas limitações importantes, contudo. Como foi conduzida na Suécia, que tem o tratamento de saúde universal e onde os níveis de renda são altos comparados com aqueles em outros países, os achados podem não se aplicar a outras populações, disse o Dr. Wilcox.
Como os pesquisadores usaram dados registrados, eles apenas incluíram resultados de pacientes tratados em cenários hospitalares, e eles também excluíram pacientes com hospitalizações psiquiátricas anteriores.
"Essas limitações podem ser resultantes de uma estimativa de risco mais conservativa do que é realmente o caso," comentou a Dra. Manpreet Kaur Singh, professora assistente de psiquiatria no Department of Psychiatry and Behavioral Sciences na Stanford University School of Medicine na California.
Dr. Singh notou que poucos estudos olharam para a efetividade das intervenções para risco de suicídio entre as crianças de pais que cometeram suicídio. “Nós não tempos evidencia que uma intervenção cedo possa funcionar, mas intuitivamente é algo que pensamos que irá pagar dividendos para essas crianças," ela disse.
Tais intervenções incluem base individual ou aconselhamento familiar para ajudar crianças através do processo de luto e a avaliação sendo realizada para doenças psiquiátricas. "Em crianças, os primeiros sintomas de estar em risco para a doença psiquiátrica são declínios na função — na escola, em relacionamentos aos pares, ou relações de família" ela disse.
"Quando você vê um lapso no funcionamento, você tem que engajar a família em uma conversação sobre os riscos e benefícios do tratamento, "adicionou a Dra. Singh.
J Am Acad Child Adolesc Psychiatry. 2010;49:514-523.
Crianças com menos de 18 anos cujos pais cometeram suicídio tem 3 vezes mais chances de morrer por suicídio do que aquelas com parentes vivos, de acordo com um estudo coorte retrospectivo conduzido na Suécia.
O estudo foi o maior estudo que examinou os fatores de risco para suicídio e desordens psicológicas entre aqueles que são sobreviventes do suicídio parental, como prole de pais que morrem por doença ou acidentes. Esse resultado indica de que maneira um pai morre e a idade da criança no momento da morte, e esses fatores têm um grande impacto nos resultados psicológicos posteriores.
"O modo de morte dos pais — particularmente o suicídio— bem como o período de desenvolvimento ou idade da prole quando ocorreu o falecimento de um dos pais tinha um impacto a longo prazo nos resultados psicológicos.
Nosso estudo aponta para a importância da conscientização e a necessidade de monitoramento do risco para sintomas psiquiátricos adversos entre crianças que perdem seus pais em razão do suicídio e referindo jovens sobreviventes de suicídio dos pais para tratamento psiquiátrico se necessário,” disse o pesquisador, o Dr.Holly Wilcox, professor assistente epidemiologista psiquiátrico no Johns Hopkins Children’s Center in Baltimore, Maryland.
No estudo, os investigadores comparam suicídios, hospitalizações psiquiátricas e condenações por crimes violentos durante 30 anos em mais de 500.000 crianças suecas, e jovens adultos que perderam um dos pais para o suicídio doença ou acidente.
Esses resultados foram comparados com aqueles de 4 milhões de crianças e jovens adultos com pais vivos.O estudo descobriu que aqueles que perderam seus pais para o suicídio tinham um maior risco de hospitalização para todos os tipos de desordens psiquiátricas a tentativas de suicídio do que a prole de pais vivos (ratio de incidência [IRR], 1,3 – 1,9).
Crianças com menos de 13 anos que perderam os pais para doença não tiveram um risco aumentado para suicídio. Mas todas as crianças que experimentaram a morte de um dos pais tinham mais chances de necessitar de hospitalizações em razão de tentativas de suicídio, depressão, droga e uso de álcool, psicose, e desordens de personalidade do que a prole de parentes vivos (IRRs variando de 1.3 a 1,9 até a idade de 25 anos).
Os pesquisadores concluíram que o risco para suicídio e desordens psicológicas foi maior entre aqueles que experimentaram suicídio dos pais na infância ou adolescência. Aqueles que perderam seus pais para o suicídio como jovens adultos, não tinham um risco aumentado para o suicídio se comparados com aqueles que tinham pais vivos (IRR, 1,3; 95% e intervalo de confiança, 0,9 – 1,9).
Prole que perdeu um dos pais para o suicídio durante a infância também tinha mais chances de experimentar o uso de drogas e desordens psicóticas do que aqueles que perderam um dos pais para o suicídio durante o início da vida adulta (interação P = 0,04 e P = 0,04).
Apesar de aqueles que experimentaram a morte de um pai com menos de 26 anos tiveram um maior risco de ter convicções criminais violentas do que aqueles com parentes vivos (IRR, 1,2 – 1,6), o modo da morte não parecia fazer muita diferença se a prole estava convicta de um crime violento.
"Nós esperamos achar que os sobreviventes de suicídio tiveram um risco aumentado para convicções criminais violentas," disse o Dr. Wilcox. Esse resultado pode sugerir que os traços agressivos e impulsivos são menos ligados fortemente ao suicídio do que pesquisa anterior sugeriu apesar de convicções clínicas violentas são apenas uma medida de tais traços, ele adicionou.
Apesar de os resultados do estudo ser impressionantes, o Dr. Wilcox chama atenção para o fato que a taxa de suicídios completos em sobreviventes ainda é baixa — cerca de 3%. "Suicídio é um resultado bastante raro ate mesmo nessa população de risco," ela disse.
"O tamanho do estudo é tão substancial que os investigadores foram capazes de demonstrar alguns achados muito cruciais sobre a prole de um pai que comete o suicídio," comentou Matthew Biel, professor assistente e diretor de psiquiatria de crianças e adolescentes no Georgetown University Hospital, Washington, DC.
"O estudo dá forte evidência que o suicídio dos pais é um fator muito importante na saúde mental a longo prazo da prole, e os esforços necessitam ser realizados para identificar as intervenções mais efetivas que irão suportar o ajuste e o desenvolvimento a longo prazo de crianças e adolescentes com pais que cometeram suicídio,” ele disse.
O estudo teve algumas limitações importantes, contudo. Como foi conduzida na Suécia, que tem o tratamento de saúde universal e onde os níveis de renda são altos comparados com aqueles em outros países, os achados podem não se aplicar a outras populações, disse o Dr. Wilcox.
Como os pesquisadores usaram dados registrados, eles apenas incluíram resultados de pacientes tratados em cenários hospitalares, e eles também excluíram pacientes com hospitalizações psiquiátricas anteriores.
"Essas limitações podem ser resultantes de uma estimativa de risco mais conservativa do que é realmente o caso," comentou a Dra. Manpreet Kaur Singh, professora assistente de psiquiatria no Department of Psychiatry and Behavioral Sciences na Stanford University School of Medicine na California.
Dr. Singh notou que poucos estudos olharam para a efetividade das intervenções para risco de suicídio entre as crianças de pais que cometeram suicídio. “Nós não tempos evidencia que uma intervenção cedo possa funcionar, mas intuitivamente é algo que pensamos que irá pagar dividendos para essas crianças," ela disse.
Tais intervenções incluem base individual ou aconselhamento familiar para ajudar crianças através do processo de luto e a avaliação sendo realizada para doenças psiquiátricas. "Em crianças, os primeiros sintomas de estar em risco para a doença psiquiátrica são declínios na função — na escola, em relacionamentos aos pares, ou relações de família" ela disse.
"Quando você vê um lapso no funcionamento, você tem que engajar a família em uma conversação sobre os riscos e benefícios do tratamento, "adicionou a Dra. Singh.
J Am Acad Child Adolesc Psychiatry. 2010;49:514-523.
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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Material - CAPS
Material interessante do Ministério da Saúde, ano 2004
Saúde Mental no SUS: Os Centros de Atenção Psicossocial
Abaixo o sumário do material contindo no link acima:
Os CAPS na Rede de Atenção à Saúde Mental
Quando surgem os CAPS?
O que é o SUS?
O que é um CAPS?
Quem pode ser atendido nos CAPS?
Como se faz para ser atendido nos CAPS?
O que os usuários e seus familiares podem esperar do tratamento nos CAPS?
Quais atividades terapêuticas o CAPS pode oferecer?
Quais os dias e horários de funcionamento dos CAPS?
Como é feita a distribuição de medicamentos para os usuários?
O que são oficinas terapêuticas?
Quais as outras atividades que um CAPS pode realizar?
Todos os CAPS são iguais?
Como é um CAPS para Infância e Adolescência (CAPSi)?
Como é um CAPS para cuidar de usuários de Álcool e outras Drogas (CAPSad)?
Como o CAPSad pode atuar de forma preventiva?
Qual a relação dos CAPS com a rede básica de saúde?
Quais as pessoas que trabalham nos CAPS?
De que forma os usuários podem contribuir com o funcionamento dos CAPS?
De que forma os familiares podem participar das atividades dos CAPS?
De que forma a comunidade em geral pode participar dos CAPS?
Saúde Mental no SUS: Os Centros de Atenção Psicossocial
Abaixo o sumário do material contindo no link acima:
Os CAPS na Rede de Atenção à Saúde Mental
Quando surgem os CAPS?
O que é o SUS?
O que é um CAPS?
Quem pode ser atendido nos CAPS?
Como se faz para ser atendido nos CAPS?
O que os usuários e seus familiares podem esperar do tratamento nos CAPS?
Quais atividades terapêuticas o CAPS pode oferecer?
Quais os dias e horários de funcionamento dos CAPS?
Como é feita a distribuição de medicamentos para os usuários?
O que são oficinas terapêuticas?
Quais as outras atividades que um CAPS pode realizar?
Todos os CAPS são iguais?
Como é um CAPS para Infância e Adolescência (CAPSi)?
Como é um CAPS para cuidar de usuários de Álcool e outras Drogas (CAPSad)?
Como o CAPSad pode atuar de forma preventiva?
Qual a relação dos CAPS com a rede básica de saúde?
Quais as pessoas que trabalham nos CAPS?
De que forma os usuários podem contribuir com o funcionamento dos CAPS?
De que forma os familiares podem participar das atividades dos CAPS?
De que forma a comunidade em geral pode participar dos CAPS?
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Materiais e Links para consulta
Caps devem ser alternativa aos hospitais psiquiátricos
Mais de 23 milhões de brasileiros sofrem algum transtorno mental – 12% da população. Com a Reforma Psiquiátrica Brasileira, a redução do número de leitos em hospitais psiquiátricos vem substituindo o sistema de internação pela reintegração social, por meio do atendimento nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps).
De acordo o Ministério da Saúde (MS), a Bahia tem o maior número de unidades do tipo I (109). No entanto, o sistema ainda não atingiu o padrão aceitável para os usuários. As unidades dos Caps fazem o atendimento ambulatorial em três níveis de complexidade (I, II e III), recebendo o paciente sem interná-lo, o que permite a autonomia e o retorno ao convívio social.
Para Mário Aleluia, um dos fundadores da Associação Metamorfose Ambulante (Amea), voltada para a luta antimanicomial, é difícil garantir políticas públicas para a saúde mental em Salvador: “São três hospitais psiquiátricos para atendimento emergencial, mais os Caps. Numa cidade como a nossa, precisamos de, pelo menos, cinco unidades do Caps III, para casos mais graves”.
Quem passa pela dificuldade de atendimento, como José Raimundo dos Santos, 42, que tem transtorno bipolar e esquizofrenia, reconhece a melhoria com a chegada dos Caps, mas ainda vê problemas: “Com a implantação dos Caps, a situação melhorou em 20%. Mas, aqui na Bahia, ainda não funciona tão bem quanto em São Paulo, Sergipe e Minas Gerais”, diz ele.
Problemas - Conforme o Programa de Saúde Mental da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), a Bahia tem 170 Caps. Alguns enfrentam problemas estruturais, como a situação ruim denunciada em Ilhéus (a 433 km da capital) em outubro.
Nos hospitais da capital – Juliano Moreira, Mário de Leal e Sanatório São Paulo –, há 1.080 leitos. De oito anos para cá, 54% foram eliminados. O coordenador do programa da Sesab, psiquiatra Iordan Gurgel, diz que “a proposta é adequar o modelo baiano à reforma".
Clarissa Pacheco/Agência A TARDE
http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=5646368
De acordo o Ministério da Saúde (MS), a Bahia tem o maior número de unidades do tipo I (109). No entanto, o sistema ainda não atingiu o padrão aceitável para os usuários. As unidades dos Caps fazem o atendimento ambulatorial em três níveis de complexidade (I, II e III), recebendo o paciente sem interná-lo, o que permite a autonomia e o retorno ao convívio social.
Para Mário Aleluia, um dos fundadores da Associação Metamorfose Ambulante (Amea), voltada para a luta antimanicomial, é difícil garantir políticas públicas para a saúde mental em Salvador: “São três hospitais psiquiátricos para atendimento emergencial, mais os Caps. Numa cidade como a nossa, precisamos de, pelo menos, cinco unidades do Caps III, para casos mais graves”.
Quem passa pela dificuldade de atendimento, como José Raimundo dos Santos, 42, que tem transtorno bipolar e esquizofrenia, reconhece a melhoria com a chegada dos Caps, mas ainda vê problemas: “Com a implantação dos Caps, a situação melhorou em 20%. Mas, aqui na Bahia, ainda não funciona tão bem quanto em São Paulo, Sergipe e Minas Gerais”, diz ele.
Problemas - Conforme o Programa de Saúde Mental da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), a Bahia tem 170 Caps. Alguns enfrentam problemas estruturais, como a situação ruim denunciada em Ilhéus (a 433 km da capital) em outubro.
Nos hospitais da capital – Juliano Moreira, Mário de Leal e Sanatório São Paulo –, há 1.080 leitos. De oito anos para cá, 54% foram eliminados. O coordenador do programa da Sesab, psiquiatra Iordan Gurgel, diz que “a proposta é adequar o modelo baiano à reforma".
Clarissa Pacheco/Agência A TARDE
http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=5646368
Município de Caracol é processado por morte de paciente que caiu de ambulância
O município de Caracol virou alvo de ação judicial e pode ser responsabilizado pela morte de Ramão Gertrudi Rodrigues, 27 anos, que caiu da ambulância que o transportava no dia 28 de outubro, com destino a Campo Grande, onde faria tratamento de saúde mental.
O pai da vítima, Bonifácio Rodrigues, pede reparação por danos morais, pagamento das despesas funerárias e a restituição imediata para a família do benefício de prestação continuada que Ramão recebia do INSS.
A ação foi recebida pelo juiz da comarca de Bela Vista, Caio Márcio de Brito. A defesa sustenta que o transporte do paciente ocorreu de maneira irregular, pois um laudo da perícia técnica apontou que a porta traseira da ambulância podia ser aberta por dentro.
Outro fato que, segundo o advogado da família, ajudaria a evidenciar a responsabilidade do município no caso, é a ausência de um profissional de saúde acompanhando o traslado do paciente até Campo Grande.
A portaria nº 2.048 do Ministério da Saúde, que regulamenta o transporte em ambulâncias, estabelece que a tripulação seja composta por um motorista e um técnico ou auxiliar de enfermagem. Mas, segundo a Polícia Rodoviária Federal, que atendeu a ocorrência no distrito de Boqueirão (BR-060, em Jardim), Ramão era acompanhado apenas da irmã, Assunção Rodrigues, e do motorista.
Há vários anos Ramão era paciente psiquiátrico em Caracol, tendo sido atendido diversas vezes na rede básica de saúde do município. Ele foi removido para Campo Grande depois de sofrer um surto, e apresentava sintomas de esquizofrenia. O paciente deveria ter sido sedado e contido na maca, mas isso não ocorreu.
A família, de origem humilde, alega que Ramão era beneficiário da assistência social do INSS, e a renda ajudava no sustento do lar. A legislação diz que o benefício é intransferível e deixa de ser pago com a morte do beneficiário, mas o pai de Ramão quer que o município de Caracol recomponha a renda familiar por meio da assistência social da prefeitura.
Hélder Rafael
http://www.midiamax.com/noticias/732004-municipio+caracol+processado+morte+paciente+caiu+ambulancia.html
O pai da vítima, Bonifácio Rodrigues, pede reparação por danos morais, pagamento das despesas funerárias e a restituição imediata para a família do benefício de prestação continuada que Ramão recebia do INSS.
A ação foi recebida pelo juiz da comarca de Bela Vista, Caio Márcio de Brito. A defesa sustenta que o transporte do paciente ocorreu de maneira irregular, pois um laudo da perícia técnica apontou que a porta traseira da ambulância podia ser aberta por dentro.
Outro fato que, segundo o advogado da família, ajudaria a evidenciar a responsabilidade do município no caso, é a ausência de um profissional de saúde acompanhando o traslado do paciente até Campo Grande.
A portaria nº 2.048 do Ministério da Saúde, que regulamenta o transporte em ambulâncias, estabelece que a tripulação seja composta por um motorista e um técnico ou auxiliar de enfermagem. Mas, segundo a Polícia Rodoviária Federal, que atendeu a ocorrência no distrito de Boqueirão (BR-060, em Jardim), Ramão era acompanhado apenas da irmã, Assunção Rodrigues, e do motorista.
Há vários anos Ramão era paciente psiquiátrico em Caracol, tendo sido atendido diversas vezes na rede básica de saúde do município. Ele foi removido para Campo Grande depois de sofrer um surto, e apresentava sintomas de esquizofrenia. O paciente deveria ter sido sedado e contido na maca, mas isso não ocorreu.
A família, de origem humilde, alega que Ramão era beneficiário da assistência social do INSS, e a renda ajudava no sustento do lar. A legislação diz que o benefício é intransferível e deixa de ser pago com a morte do beneficiário, mas o pai de Ramão quer que o município de Caracol recomponha a renda familiar por meio da assistência social da prefeitura.
Hélder Rafael
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sábado, 27 de novembro de 2010
Programa A liga - Band - Drogas
A Liga - Drogas - 14/09/10 - Parte 1/7
A Liga - Drogas - 14/09/10 - Parte 2/7
A LIGA - Drogas - 14/09/2010 - Parte 3/7
A Liga – Drogas - 14/09/10 - Parte 4/7
A Liga - Drogas - 14/09/10 - Parte 5/7
A Liga - Drogas - 14/09/10 - Parte 6/7
A LIGA - Drogas - 14/09/2010 - Parte 7/7
A Liga - Drogas - 14/09/10 - Parte 2/7
A LIGA - Drogas - 14/09/2010 - Parte 3/7
A Liga – Drogas - 14/09/10 - Parte 4/7
A Liga - Drogas - 14/09/10 - Parte 5/7
A Liga - Drogas - 14/09/10 - Parte 6/7
A LIGA - Drogas - 14/09/2010 - Parte 7/7
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quarta-feira, 24 de novembro de 2010
URGENTE - Curso - SAE: aplicação na Enfermagem Psiquiátrica - últimas vagas
Temas abordados:
· Conceito de SAE e processo de enfermagem
· Bases legais para a implementação da SAE
· Introdução às teorias de enfermagem
· Processo de enfermagem de Wanda Horta
· Semiologia e semiotécnica para enfermagem
· Histórico de Enfermagem
· Diagnóstico de Enfermagem
· Raciocínio diagnóstico
· Prescrição de Enfermagem
· Anotação de Enfermagem
· Evolução de Enfermagem
· Modelos de impressos e diretrizes de elaboração
Data: 27 de novembro (8h00 às 17h00)
Investimento: R$ 100,00
* Inclui certificado de participação, apostila e coffee break
Informações:
CP Consultoria e Treinamento
Fone: 11 2601 3608 ou 2865 3286
http://www.enfermagempsiquiatrica.com.br/page_6.html
· Conceito de SAE e processo de enfermagem
· Bases legais para a implementação da SAE
· Introdução às teorias de enfermagem
· Processo de enfermagem de Wanda Horta
· Semiologia e semiotécnica para enfermagem
· Histórico de Enfermagem
· Diagnóstico de Enfermagem
· Raciocínio diagnóstico
· Prescrição de Enfermagem
· Anotação de Enfermagem
· Evolução de Enfermagem
· Modelos de impressos e diretrizes de elaboração
Data: 27 de novembro (8h00 às 17h00)
Investimento: R$ 100,00
* Inclui certificado de participação, apostila e coffee break
Informações:
CP Consultoria e Treinamento
Fone: 11 2601 3608 ou 2865 3286
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Saúde mental: hora de avançar
O Ministério da Saúde apontou recentemente, na IV Conferência de Saúde Mental, para a necessidade de aperfeiçoar as políticas públicas de saúde mental, sugerindo mudanças como a criação de grupos de ajuda mútua de doentes mentais, a ampliação em todo o país dos CAPS III (Centros de Atenção Psicossocial) e a implementação de política nacional de combate ao crack.
Em São Paulo, a prefeitura inaugurou o primeiro Serviço de Atendimento Integral ao Dependente, com leitos de curta permanência e apoio psicossocial para dependentes de drogas, e o governo estadual criou o primeiro "AME (Ambulatório Médico de Especialidades) Psiquiatria", para atendimento ambulatorial e multidisciplinar nas especialidades de vários tipos de transtornos e doenças psiquiátricas. Por sua vez, o governo federal inaugurou um Centro de Referência de Combate ao Crack em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Essas medidas foram resultado da luta da opinião pública esclarecida, de profissionais de saúde e de órgãos fiscalizadores, como o Ministério Público de São Paulo, pela melhoria dos serviços de saúde mental do SUS.
Nessa área, existe muita falta de informação e disputa ideológica. Mas os problemas são apartidários: abandono de moradores de rua dependentes de crack ou portadores de distúrbios psíquicos, descaso com os indivíduos semirresponsáveis ou inimputáveis que cometem crimes e cumprem medidas de segurança em locais inadequados, falta de tratamento para adolescentes que cumprem internação por ato infracional, e outras situações de descumprimento da Lei 10.216/2001. Essa lei foi uma grande conquista, pois redirecionou o modelo de assistência em saúde mental no país. Ela permite a internação psiquiátrica se o paciente concordar ou, em caso de não consentimento ou imperiosa necessidade, internação compulsória por decisão de um juiz, com fiscalização do MP.
Se a lei é excelente, por que o Brasil chegou a este ponto? O poder público não tem investido como se esperava em formação e capacitação das equipes de pronto-socorro, unidades básicas de saúde e do Programa de Saúde da Família, relegando aos pacientes o tratamento em universidades ou comunidades terapêuticas privadas. O princípio de atendimento integral em saúde mental, que o SUS deve proporcionar por determinação constitucional, aponta para equipamentos imprescindíveis que não são considerados, inexistindo motivo para não haver, pelo menos, hospital especializado em grandes cidades.
As iniciativas inovadoras dos gestores do SUS, portanto, aparecem no momento em que a sociedade civil não suporta mais descaso. Mas não nos enganemos: somente a cobrança da opinião pública e dos profissionais de saúde, com fiscalização de órgãos como o Ministério Público, possibilitará aos portadores de transtorno mental "acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades", como determina a lei.
REYNALDO MAPELLI JR. é promotor de Justiça e coordenador de Saúde Pública do Ministério Público-SP.
http://oglobo.globo.com/opiniao/mat/2010/11/04/saude-mental-hora-de-avancar-922948808.asp
Em São Paulo, a prefeitura inaugurou o primeiro Serviço de Atendimento Integral ao Dependente, com leitos de curta permanência e apoio psicossocial para dependentes de drogas, e o governo estadual criou o primeiro "AME (Ambulatório Médico de Especialidades) Psiquiatria", para atendimento ambulatorial e multidisciplinar nas especialidades de vários tipos de transtornos e doenças psiquiátricas. Por sua vez, o governo federal inaugurou um Centro de Referência de Combate ao Crack em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Essas medidas foram resultado da luta da opinião pública esclarecida, de profissionais de saúde e de órgãos fiscalizadores, como o Ministério Público de São Paulo, pela melhoria dos serviços de saúde mental do SUS.
Nessa área, existe muita falta de informação e disputa ideológica. Mas os problemas são apartidários: abandono de moradores de rua dependentes de crack ou portadores de distúrbios psíquicos, descaso com os indivíduos semirresponsáveis ou inimputáveis que cometem crimes e cumprem medidas de segurança em locais inadequados, falta de tratamento para adolescentes que cumprem internação por ato infracional, e outras situações de descumprimento da Lei 10.216/2001. Essa lei foi uma grande conquista, pois redirecionou o modelo de assistência em saúde mental no país. Ela permite a internação psiquiátrica se o paciente concordar ou, em caso de não consentimento ou imperiosa necessidade, internação compulsória por decisão de um juiz, com fiscalização do MP.
Se a lei é excelente, por que o Brasil chegou a este ponto? O poder público não tem investido como se esperava em formação e capacitação das equipes de pronto-socorro, unidades básicas de saúde e do Programa de Saúde da Família, relegando aos pacientes o tratamento em universidades ou comunidades terapêuticas privadas. O princípio de atendimento integral em saúde mental, que o SUS deve proporcionar por determinação constitucional, aponta para equipamentos imprescindíveis que não são considerados, inexistindo motivo para não haver, pelo menos, hospital especializado em grandes cidades.
As iniciativas inovadoras dos gestores do SUS, portanto, aparecem no momento em que a sociedade civil não suporta mais descaso. Mas não nos enganemos: somente a cobrança da opinião pública e dos profissionais de saúde, com fiscalização de órgãos como o Ministério Público, possibilitará aos portadores de transtorno mental "acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades", como determina a lei.
REYNALDO MAPELLI JR. é promotor de Justiça e coordenador de Saúde Pública do Ministério Público-SP.
http://oglobo.globo.com/opiniao/mat/2010/11/04/saude-mental-hora-de-avancar-922948808.asp
Saúde mental dos mendigos é debatida em Curitiba
A saúde mental da população de rua foi o tema de um encontro realizado pelo Ministério Público do Paraná em conjunto com o Movimento Nacional da População de Rua (MNPR) e outras entidades.
Os moradores de rua enfrentam problemas nesta área, especialmente quanto ao abuso de substâncias tóxicas. Participaram do encontro representantes do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde de Curitiba, que discutiram os projetos existentes para o atendimento desta população.
O Ministério da Saúde levou para o seminário a experiência do programa Consultório de Rua, que disponibiliza um serviço móvel para a população de rua em cidades com mais de 500 mil habitantes. No Paraná, Curitiba e Maringá já estão aplicando o projeto.
Cada Consultório de Rua conta com um médico psiquiatra e um psicólogo, além de outros profissionais das áreas da Saúde e Assistência Social. O atendimento acontece uma vez por semana. A primeira saída da equipe em Curitiba ocorreu em junho deste ano.
Segundo Cristiane Venetikides, coordenadora do programa de saúde mental da Secretaria Municipal de Saúde, o Consultório de Rua se tornou a ponte entre os moradores de rua e o sistema de saúde.
“No dia seguinte ao atendimento na rua, a equipe continua trabalhando para encaminhar o morador de rua e preparar o serviço para recebê-lo. Tem facilitado muito o acesso”, explica. O trabalho consegue resultado quando a equipe do Consultório de Rua estabelece um vínculo com a população.
Leonildo Monteiro, representante do Paraná no MNPR, destaca que o programa tem ajudado a população de rua, mas ainda falta muito para auxiliar os moradores quanto à saúde mental.
“São anos e anos sem debate. Precisamos de uma política séria, com um atendimento sério, que encaminhe o morador de rua para tratamento e depois haja uma política de habitação. Senão, ele se recupera e vai para onde depois?”, questiona.
Joyce Carvalho
http://www.parana-online.com.br/editoria/cidades/news/490973/?noticia=SAUDE+MENTAL+DOS+MENDIGOS+E+DEBATIDA+EM+CURITIBA
Os moradores de rua enfrentam problemas nesta área, especialmente quanto ao abuso de substâncias tóxicas. Participaram do encontro representantes do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde de Curitiba, que discutiram os projetos existentes para o atendimento desta população.
O Ministério da Saúde levou para o seminário a experiência do programa Consultório de Rua, que disponibiliza um serviço móvel para a população de rua em cidades com mais de 500 mil habitantes. No Paraná, Curitiba e Maringá já estão aplicando o projeto.
Cada Consultório de Rua conta com um médico psiquiatra e um psicólogo, além de outros profissionais das áreas da Saúde e Assistência Social. O atendimento acontece uma vez por semana. A primeira saída da equipe em Curitiba ocorreu em junho deste ano.
Segundo Cristiane Venetikides, coordenadora do programa de saúde mental da Secretaria Municipal de Saúde, o Consultório de Rua se tornou a ponte entre os moradores de rua e o sistema de saúde.
“No dia seguinte ao atendimento na rua, a equipe continua trabalhando para encaminhar o morador de rua e preparar o serviço para recebê-lo. Tem facilitado muito o acesso”, explica. O trabalho consegue resultado quando a equipe do Consultório de Rua estabelece um vínculo com a população.
Leonildo Monteiro, representante do Paraná no MNPR, destaca que o programa tem ajudado a população de rua, mas ainda falta muito para auxiliar os moradores quanto à saúde mental.
“São anos e anos sem debate. Precisamos de uma política séria, com um atendimento sério, que encaminhe o morador de rua para tratamento e depois haja uma política de habitação. Senão, ele se recupera e vai para onde depois?”, questiona.
Joyce Carvalho
http://www.parana-online.com.br/editoria/cidades/news/490973/?noticia=SAUDE+MENTAL+DOS+MENDIGOS+E+DEBATIDA+EM+CURITIBA
domingo, 14 de novembro de 2010
Livro - Manejo do paciente psiquiátrico grave
Gente, um dos capítulos deste livro foi escrito por mim. Encontrei esta resenha sobre o livro na Revista Brasileira de Psiquiatrica - escrita pelo Pedro Altenfelder. Não resisti, e postei no blog... rsrsrs
O livro Manejo do Paciente Psiquiátrico Grave versa a respeito dos variados enfoques e intervenções aplicados por uma equipe multidisciplinar a pacientes do Centro de Atenção Integrada a Saúde Mental da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (CAISM), referência em manejo de casos psiquiátricos de elevado grau de complexidade.
Organizado por Marsal Sanches, Ricardo Riyoti Uchida e Sergio Tamai, o livro se divide em duas seções: Aspectos Gerais e Tópicos Especiais. Essas seções são compostas por capítulos elaborados tanto por psiquiatras como por profissionais de psicologia, enfermagem, terapia ocupacional e serviço social do CAISM, o que confere ao texto um interessante formato diversificado em olhares e conceitos, muito congruente e sintonizado ao desenho de uma equipe de saúde mental que se propõe a tratar pacientes psiquiátricos complexos em sua apresentação psicopatológica e manejo.
Na primeira seção, são abordados temas relacionados à conceituação e ao tratamento de pacientes graves tanto em regime de internação como em processo de estabilização e reabilitação sob o enfoque de hospital-dia. Encontramos aqui o referencial teórico-prático, permeado pela importante conceituação de manejo de caso que orienta a atuação multiprofissional do referido serviço, além da fundamentação da abordagem familiar, terapia ocupacional e psicoterapia aplicada a esse perfil de pacientes denominados como portadores de transtorno mental grave (TMG). Finalizando, encontramos um capítulo que foca a intervenção psicofarmacológica - seus riscos, estratégias de abordagem e aderência, relação custo-benefício e variáveis do tratamento.
A seção seguinte é composta por capítulos que possuem uma maior especificidade, como o enfoque de pacientes graves em relação ao uso de substâncias psicoativas, o manejo do paciente idoso portador de TMG e dos pacientes com transtorno de personalidade, incluindo um interessante relato de seu impacto tanto emocional como financeiro às equipes de saúde mental. Não poderia deixar de citar também nessa seção o elucidativo capítulo de emergências psiquiátricas, assunto em relação ao qual o CAISM se apresenta como referência na formação de profissionais de saúde bem como no manejo de casos clínico-psiquiátricos graves em seu pronto socorro; encontramos aqui a abordagem de técnicas de contenção tanto física como farmacológica, bem como o perfil diagnóstico de pacientes que se encontram em estado de emergência psiquiátrica. Finalizando a seção, temos a discussão das comorbidades clínicas, gestação e puerpério, bem como dois capítulos que trazem como tema os aspectos psicodinâmicos e éticos relacionados ao atendimento do paciente grave.
O livro revela seu valor à medida que nos fornece um referencial teórico e vivencial necessário a abordagem e entendimento do paciente psiquiátrico grave, apresentando como modelo uma instituição que possui larga experiência na abordagem de casos complexos sob o modelo multidisciplinar.
Como profissional que atua em sua prática diária junto à equipe multidisciplinar, focando pacientes em regime de hospital-dia, a grande maioria portadora de TMG, não posso deixar de citar o livro Manejo do Paciente Psiquiátrico Grave como importante referência na literatura especializada a profissionais da área da saúde mental que possuam em seu campo de atuação o interesse por tal perfil de pacientes ou que queiram de forma clara e aprazível enriquecer seu conhecimento a respeito do assunto.
Pedro Altenfelder Silva
Centro de Reabilitação e Hospital-Dia, Instituto de Psiquiatria, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil
O livro Manejo do Paciente Psiquiátrico Grave versa a respeito dos variados enfoques e intervenções aplicados por uma equipe multidisciplinar a pacientes do Centro de Atenção Integrada a Saúde Mental da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (CAISM), referência em manejo de casos psiquiátricos de elevado grau de complexidade.
Organizado por Marsal Sanches, Ricardo Riyoti Uchida e Sergio Tamai, o livro se divide em duas seções: Aspectos Gerais e Tópicos Especiais. Essas seções são compostas por capítulos elaborados tanto por psiquiatras como por profissionais de psicologia, enfermagem, terapia ocupacional e serviço social do CAISM, o que confere ao texto um interessante formato diversificado em olhares e conceitos, muito congruente e sintonizado ao desenho de uma equipe de saúde mental que se propõe a tratar pacientes psiquiátricos complexos em sua apresentação psicopatológica e manejo.
Na primeira seção, são abordados temas relacionados à conceituação e ao tratamento de pacientes graves tanto em regime de internação como em processo de estabilização e reabilitação sob o enfoque de hospital-dia. Encontramos aqui o referencial teórico-prático, permeado pela importante conceituação de manejo de caso que orienta a atuação multiprofissional do referido serviço, além da fundamentação da abordagem familiar, terapia ocupacional e psicoterapia aplicada a esse perfil de pacientes denominados como portadores de transtorno mental grave (TMG). Finalizando, encontramos um capítulo que foca a intervenção psicofarmacológica - seus riscos, estratégias de abordagem e aderência, relação custo-benefício e variáveis do tratamento.
A seção seguinte é composta por capítulos que possuem uma maior especificidade, como o enfoque de pacientes graves em relação ao uso de substâncias psicoativas, o manejo do paciente idoso portador de TMG e dos pacientes com transtorno de personalidade, incluindo um interessante relato de seu impacto tanto emocional como financeiro às equipes de saúde mental. Não poderia deixar de citar também nessa seção o elucidativo capítulo de emergências psiquiátricas, assunto em relação ao qual o CAISM se apresenta como referência na formação de profissionais de saúde bem como no manejo de casos clínico-psiquiátricos graves em seu pronto socorro; encontramos aqui a abordagem de técnicas de contenção tanto física como farmacológica, bem como o perfil diagnóstico de pacientes que se encontram em estado de emergência psiquiátrica. Finalizando a seção, temos a discussão das comorbidades clínicas, gestação e puerpério, bem como dois capítulos que trazem como tema os aspectos psicodinâmicos e éticos relacionados ao atendimento do paciente grave.
O livro revela seu valor à medida que nos fornece um referencial teórico e vivencial necessário a abordagem e entendimento do paciente psiquiátrico grave, apresentando como modelo uma instituição que possui larga experiência na abordagem de casos complexos sob o modelo multidisciplinar.
Como profissional que atua em sua prática diária junto à equipe multidisciplinar, focando pacientes em regime de hospital-dia, a grande maioria portadora de TMG, não posso deixar de citar o livro Manejo do Paciente Psiquiátrico Grave como importante referência na literatura especializada a profissionais da área da saúde mental que possuam em seu campo de atuação o interesse por tal perfil de pacientes ou que queiram de forma clara e aprazível enriquecer seu conhecimento a respeito do assunto.
Pedro Altenfelder Silva
Centro de Reabilitação e Hospital-Dia, Instituto de Psiquiatria, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil
Link - Cérebro e Alzheimer
Link - Conceitos básicos sobre o cérebro e A Doença de Alzheimer e o Cérebro
Contribuição da Nataly Miyatake
http://www.alz.org/alzheimers_disease_4719.asp
Vale a pena!!!
Contribuição da Nataly Miyatake
http://www.alz.org/alzheimers_disease_4719.asp
Vale a pena!!!
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terça-feira, 2 de novembro de 2010
domingo, 31 de outubro de 2010
Índice de suicídios no Brasil é problema de saúde pública
No Brasil, 25 pessoas se matam por dia, fazendo do país o 11º colocado no ranking mundial de suicídios, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. As informações foram divulgadas pelo psiquiatra Neury José Botega, professor da Unicamp, durante a 28ª edição do Congresso Brasileiro de Psiquiatria, que escolheu a prevenção do suicídio como um dos temas principais. O encontro, em Fortaleza, vai até sábado (30).
"A questão do suicídio é realmente um problema de saúde pública porque temos um alto índice de pessoas que estão passando por muito sofrimento e que poderiam ter sido ajudadas caso não tivessem se matado", afirmou à Folha.
Segundo ele, os dados de suicídio podem ser ainda maiores do que os divulgados oficialmente, já que não é raro que muitos casos acabem recebendo outra caracterização na certidão de óbito: "O medo de não receber o dinheiro do seguro pode fazer com que muitas famílias pressionem os médicos a atestar falência múltipla dos órgãos em vez de suicídio".
Botega afirma que o aumento dos casos de depressão e de consumo de álcool e drogas são sinais preocupantes e que podem justificar o aumento dos índices de suicídio, principalmente entre adultos jovens: "São pessoas entre os 25 e os 40 anos que estão numa fase produtiva da vida. A competitividade e a solidão nas grandes cidades são alguns dos pacotes de alta tensão social que favorecem a uma sensação de desamparo e aumentam as formas alternativas de sentir prazer, como recorrer às drogas e ao álcool."
Segundo ele, os sinais de que alguém está cogitando tirar a própria vida não podem ser ignorados: "Aqui não vale a máxima do 'cão que ladra não morde'. Muitas vezes a pessoa dá sinais, fala até mesmo vagamente em se matar, mas acaba não sendo levada a sério".
ESTRATÉGIA
O psiquiatra apresentou no congresso dados de uma pesquisa internacional realizada pela OMS de que ele participou, comparando estratégias de prevenção ao suicídio.
Ao todo, foram analisadas 1.867 pessoas que tentaram o suicídio em cinco cidades do mundo. Após terem alta do hospital, metade delas recebeu o tratamento usual --mero encaminhamento a um serviço de saúde-- e a outra metade teve um acompanhamento intensivo, com entrevistas motivacionais e contatos telefônicos periódicos por 18 meses.
Ao final do experimento, apenas 0,2% das pessoas que receberam acompanhamento intensivo chegaram a praticar o suicídio, taxa dez vezes menor do que no grupo que recebeu o tratamento usual. "O contato telefônico periódico criava uma rede de apoio e ajudava a pessoa que já tinha tentado se matar a ressignificar o que havia acontecido na vida dela", diz.
http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=215548
"A questão do suicídio é realmente um problema de saúde pública porque temos um alto índice de pessoas que estão passando por muito sofrimento e que poderiam ter sido ajudadas caso não tivessem se matado", afirmou à Folha.
Segundo ele, os dados de suicídio podem ser ainda maiores do que os divulgados oficialmente, já que não é raro que muitos casos acabem recebendo outra caracterização na certidão de óbito: "O medo de não receber o dinheiro do seguro pode fazer com que muitas famílias pressionem os médicos a atestar falência múltipla dos órgãos em vez de suicídio".
Botega afirma que o aumento dos casos de depressão e de consumo de álcool e drogas são sinais preocupantes e que podem justificar o aumento dos índices de suicídio, principalmente entre adultos jovens: "São pessoas entre os 25 e os 40 anos que estão numa fase produtiva da vida. A competitividade e a solidão nas grandes cidades são alguns dos pacotes de alta tensão social que favorecem a uma sensação de desamparo e aumentam as formas alternativas de sentir prazer, como recorrer às drogas e ao álcool."
Segundo ele, os sinais de que alguém está cogitando tirar a própria vida não podem ser ignorados: "Aqui não vale a máxima do 'cão que ladra não morde'. Muitas vezes a pessoa dá sinais, fala até mesmo vagamente em se matar, mas acaba não sendo levada a sério".
ESTRATÉGIA
O psiquiatra apresentou no congresso dados de uma pesquisa internacional realizada pela OMS de que ele participou, comparando estratégias de prevenção ao suicídio.
Ao todo, foram analisadas 1.867 pessoas que tentaram o suicídio em cinco cidades do mundo. Após terem alta do hospital, metade delas recebeu o tratamento usual --mero encaminhamento a um serviço de saúde-- e a outra metade teve um acompanhamento intensivo, com entrevistas motivacionais e contatos telefônicos periódicos por 18 meses.
Ao final do experimento, apenas 0,2% das pessoas que receberam acompanhamento intensivo chegaram a praticar o suicídio, taxa dez vezes menor do que no grupo que recebeu o tratamento usual. "O contato telefônico periódico criava uma rede de apoio e ajudava a pessoa que já tinha tentado se matar a ressignificar o que havia acontecido na vida dela", diz.
http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=215548
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Revista Autismo
Revista Autismo - 1a revista sobre Autismo em língua portuguesa!
Informação gerando ação - Revista Autismo
Informação gerando ação - Revista Autismo
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Juliano Moreira promove caminhada em homenagem ao Dia Mundial da Saúde Mental
O Complexo Psiquiátrico Juliano Moreira promoverá várias atividades em homenagem ao "Dia Mundial da Saúde Mental", comemorado no dia 10 de outubro. Já na manhã desta quinta-feira, dia 7, pacientes, familiares e funcionários da instituição se reúnem em uma caminhada na orla do Cabo Branco, com o objetivo de chamar a atenção da população para o tema "De mãos dadas contra o preconceito".
A concentração para a caminhada será na frente do restaurante Tererê, às 7h. O grupo será acompanhado pela banda Dom Helder Câmara até o final do percurso, no Busto de Tamandaré, onde será servido um café da manhã. O público presente ainda terá a oportunidade de conhecer o artesanato produzido pelos pacientes do Juliano Moreira. As peças estarão expostas e poderão ser adquiridas por quem se interessar.
A iniciativa quer chamar a atenção da sociedade para um problema muito comum a todos aqueles que sofrem com doenças mentais: a rejeição. Muitos dos pacientes da unidade psiquiátrica acabam abandonados pelas famílias.
Dos 240 pacientes internados, atualmente, no Complexo, mais de 40 foram esquecidos pelos parentes. "Muito deles já estão internados há mais de 30 anos, sem receber visitas de ninguém. Eles são conhecidos como pacientes residentes", explicou Wandemberg Machado, coordenador do Setor de Psicologia da instituição.
Atividades como a que será realizada na quinta-feira são tentativas de ressocializar os internos e diminuir o preconceito da sociedade com estas pessoas.
http://www.pbagora.com.br/conteudo.php?id=20101006072855&cat=paraiba&keys=juliano-moreira-promove-caminhada-homenagem-ao-dia-mundial-saude-mental
A concentração para a caminhada será na frente do restaurante Tererê, às 7h. O grupo será acompanhado pela banda Dom Helder Câmara até o final do percurso, no Busto de Tamandaré, onde será servido um café da manhã. O público presente ainda terá a oportunidade de conhecer o artesanato produzido pelos pacientes do Juliano Moreira. As peças estarão expostas e poderão ser adquiridas por quem se interessar.
A iniciativa quer chamar a atenção da sociedade para um problema muito comum a todos aqueles que sofrem com doenças mentais: a rejeição. Muitos dos pacientes da unidade psiquiátrica acabam abandonados pelas famílias.
Dos 240 pacientes internados, atualmente, no Complexo, mais de 40 foram esquecidos pelos parentes. "Muito deles já estão internados há mais de 30 anos, sem receber visitas de ninguém. Eles são conhecidos como pacientes residentes", explicou Wandemberg Machado, coordenador do Setor de Psicologia da instituição.
Atividades como a que será realizada na quinta-feira são tentativas de ressocializar os internos e diminuir o preconceito da sociedade com estas pessoas.
http://www.pbagora.com.br/conteudo.php?id=20101006072855&cat=paraiba&keys=juliano-moreira-promove-caminhada-homenagem-ao-dia-mundial-saude-mental
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Mitos prejudicam tratamento do transtorno bipolar
Crenças sobre o transtorno bipolar causam baixa adesão dos pacientes ao tratamento.
Há quem creia que a doença é só um problema emocional, e que remédios fazem mais mal do que bem. São mitos endossados por quase metade dos doentes e familiares, diz pesquisa do IPq (Instituto de Psiquiatria) do Hospital das Clínicas da USP.
Foram avaliados frequentadores de encontros no instituto: 40% têm crenças errôneas sobre a natureza da doença, o papel da família e os efeitos da medicação. A doença se caracteriza por crises de euforia e depressão. Em geral, surge na adolescência ou início da vida adulta e tem forte componente genético.
"Foi uma surpresa encontrar essas crenças em pessoas que frequentam encontros psicoeducacionais", diz Ricardo Moreno, diretor do Grupo de Estudos de Doenças Afetivas do IPq.
ALIANÇA TERAPÊUTICA
Moreno afirma que o controle do transtorno depende de aliança terapêutica com o paciente e parentes. "Qualquer interferência, seja da crença do paciente ou da família, pode levar à interrupção do tratamento."
"É bem comum que o paciente abandone o tratamento por não acreditar na doença", reforça a psiquiatra Thaís Zélia dos Santos, da Santa Casa de São Paulo.
O tratamento inclui remédios para estabilizar o humor. "O medicamento é essencial e para a vida toda. Os pacientes me perguntam se vão virar escravos. Eu digo: quem tem depressão ou mania não tem liberdade, tem um sofrimento que não controla e um comportamento que traz consequências."
Sem tratamento, bipolares podem levar vida normal por períodos, já que a doença é cíclica. Só que vão acumulando danos nas relações.
A doença não tem cura. "Precisamos combater a ignorância, o preconceito e o estigma. Preconceito e estigma começam no próprio indivíduo e na família. Eles precisam mudar a atitude, e não esperar que o mundo se transforme", diz Moreno.
http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=213824
Há quem creia que a doença é só um problema emocional, e que remédios fazem mais mal do que bem. São mitos endossados por quase metade dos doentes e familiares, diz pesquisa do IPq (Instituto de Psiquiatria) do Hospital das Clínicas da USP.
Foram avaliados frequentadores de encontros no instituto: 40% têm crenças errôneas sobre a natureza da doença, o papel da família e os efeitos da medicação. A doença se caracteriza por crises de euforia e depressão. Em geral, surge na adolescência ou início da vida adulta e tem forte componente genético.
"Foi uma surpresa encontrar essas crenças em pessoas que frequentam encontros psicoeducacionais", diz Ricardo Moreno, diretor do Grupo de Estudos de Doenças Afetivas do IPq.
ALIANÇA TERAPÊUTICA
Moreno afirma que o controle do transtorno depende de aliança terapêutica com o paciente e parentes. "Qualquer interferência, seja da crença do paciente ou da família, pode levar à interrupção do tratamento."
"É bem comum que o paciente abandone o tratamento por não acreditar na doença", reforça a psiquiatra Thaís Zélia dos Santos, da Santa Casa de São Paulo.
O tratamento inclui remédios para estabilizar o humor. "O medicamento é essencial e para a vida toda. Os pacientes me perguntam se vão virar escravos. Eu digo: quem tem depressão ou mania não tem liberdade, tem um sofrimento que não controla e um comportamento que traz consequências."
Sem tratamento, bipolares podem levar vida normal por períodos, já que a doença é cíclica. Só que vão acumulando danos nas relações.
A doença não tem cura. "Precisamos combater a ignorância, o preconceito e o estigma. Preconceito e estigma começam no próprio indivíduo e na família. Eles precisam mudar a atitude, e não esperar que o mundo se transforme", diz Moreno.
http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=213824
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Curso - Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE): aplicação na Enfermagem Psiquiátrica
Público-alvo: Enfermeiros e Graduandos de Enfermagem
Local: Rua Oriçanga, 141 – Praça da Árvore – São Paulo (Próximo ao Metrô Praça da Árvore)
Temas abordados:
· Conceito de SAE e processo de enfermagem
· Bases legais para a implementação da SAE
· Introdução às teorias de enfermagem
· Processo de enfermagem de Wanda Horta
· Semiologia e semiotécnica para enfermagem
· Histórico de Enfermagem
· Diagnóstico de Enfermagem
· Raciocínio diagnóstico
· Prescrição de Enfermagem
· Anotação de Enfermagem
· Evolução de Enfermagem
· Modelos de impressos e diretrizes de elaboração
Carga horária: 8 horas
Data: 27 de novembro (8h00 às 17h00)
Investimento:
Em Outubro R$ 80,00
De 01/11 a 12/11/2010 R$ 90,00
De 13/11 a 24/11/2010 R$ 100,00
* Inclui certificado de participação, apostila e coffee break
Informações:
CP Consultoria e Treinamento
Fone: 11 2601 3608 ou 2865 3286
http://www.enfermagempsiquiatrica.com.br/page_6.html
Local: Rua Oriçanga, 141 – Praça da Árvore – São Paulo (Próximo ao Metrô Praça da Árvore)
Temas abordados:
· Conceito de SAE e processo de enfermagem
· Bases legais para a implementação da SAE
· Introdução às teorias de enfermagem
· Processo de enfermagem de Wanda Horta
· Semiologia e semiotécnica para enfermagem
· Histórico de Enfermagem
· Diagnóstico de Enfermagem
· Raciocínio diagnóstico
· Prescrição de Enfermagem
· Anotação de Enfermagem
· Evolução de Enfermagem
· Modelos de impressos e diretrizes de elaboração
Carga horária: 8 horas
Data: 27 de novembro (8h00 às 17h00)
Investimento:
Em Outubro R$ 80,00
De 01/11 a 12/11/2010 R$ 90,00
De 13/11 a 24/11/2010 R$ 100,00
* Inclui certificado de participação, apostila e coffee break
Informações:
CP Consultoria e Treinamento
Fone: 11 2601 3608 ou 2865 3286
http://www.enfermagempsiquiatrica.com.br/page_6.html
Curso - Emergências Psiquiátricas
Público-alvo: Enfermeiros, Graduandos de Enfermagem, Auxiliares e Técnicos de Enfermagem
Local: Rua Oriçanga, 141 – Praça da Árvore – São Paulo (Próximo ao Metrô Praça da Árvore)
Temas abordados:
- Conceito Urgência e Emergência
- Bases legais para o atendimento
- Atuação junto às ocorrências mais prevalentes:
. Intoxicação e abstinência ao álcool
. Agitações psicomotoras
. Tentativas de suicídio
- Assistência de enfermagem específica
Carga horária: 8 horas
Data: 04 de dezembro (8h00 às 17h00)
Investimento: R$ 70,00
* Inclui certificado de participação, apostila e coffee break
Informações:
CP Consultoria e Treinamento
Fone: 11 2601 3608 ou 2865 3286
http://www.enfermagempsiquiatrica.com.br/page_6.html
Local: Rua Oriçanga, 141 – Praça da Árvore – São Paulo (Próximo ao Metrô Praça da Árvore)
Temas abordados:
- Conceito Urgência e Emergência
- Bases legais para o atendimento
- Atuação junto às ocorrências mais prevalentes:
. Intoxicação e abstinência ao álcool
. Agitações psicomotoras
. Tentativas de suicídio
- Assistência de enfermagem específica
Carga horária: 8 horas
Data: 04 de dezembro (8h00 às 17h00)
Investimento: R$ 70,00
* Inclui certificado de participação, apostila e coffee break
Informações:
CP Consultoria e Treinamento
Fone: 11 2601 3608 ou 2865 3286
http://www.enfermagempsiquiatrica.com.br/page_6.html
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Material - Reforma Psiquiátrica
Material muito interessante. Fala da reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil.
Conferência Regional de Reforma dos Serviços de Saúde Mental: 15 anos depois de Caracas. Brasília, 07 a 10 de novembro de 2005 Arquivo em pdf
Link:
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/relatorio_15_anos_caracas.pdf
Bibliografia - para citação
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.DAPE. Coordenação Geral de Saúde Mental. Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil. Documento apresentado à Conferência Regional de Reforma dos Serviços de Saúde Mental : 15 anos depois de Caracas. OPAS. Brasília, novembro de 2005.
Conferência Regional de Reforma dos Serviços de Saúde Mental: 15 anos depois de Caracas. Brasília, 07 a 10 de novembro de 2005 Arquivo em pdf
Link:
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/relatorio_15_anos_caracas.pdf
Bibliografia - para citação
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.DAPE. Coordenação Geral de Saúde Mental. Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil. Documento apresentado à Conferência Regional de Reforma dos Serviços de Saúde Mental : 15 anos depois de Caracas. OPAS. Brasília, novembro de 2005.
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Reforma Psiquiátrica
Manuais para a prevenção ao Suicídio - OMS - Ministério da Saúde
Manual dirigido a profissionais das equipes de saúde mental http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_editoracao.pdf
Manual para profissionais da saúde em atenção primária
http://www.who.int/mental_health/prevention/suicide/en/suicideprev_phc_port.pdf
Manual para Médicos Clínicos Gerais
http://whqlibdoc.who.int/hq/2000/WHO_MNH_MBD_00.1_por.pdf
Manual para profissionais da mídia
http://www.who.int/mental_health/prevention/suicide/en/suicideprev_media_port.pdf
Manual para profissionais da saúde em atenção primária
http://www.who.int/mental_health/prevention/suicide/en/suicideprev_phc_port.pdf
Manual para Médicos Clínicos Gerais
http://whqlibdoc.who.int/hq/2000/WHO_MNH_MBD_00.1_por.pdf
Manual para profissionais da mídia
http://www.who.int/mental_health/prevention/suicide/en/suicideprev_media_port.pdf
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Suicídio
domingo, 19 de setembro de 2010
Trabalho ajuda no tratamento de pessoas com esquizofrenia, diz estudo
O trabalho melhora de forma significativa o desempenho intelectual de pessoas com esquizofrenia, além de diminuir sintomas da doença, como apatia e isolamento. É o que mostra um estudo do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (IPq-USP).
"As pesquisas realizadas até agora mostravam que pacientes com melhor desempenho cognitivo tinham mais chances de ingressar no mercado profissional", aponta Wagner Gattaz, presidente do conselho do IPq e um dos autores do trabalho. "Comprovamos que a relação inversa também é verdadeira: como diz o ditado, "trabalho faz bem para a cabeça"."
O estudo, publicado na revista científica Schizophrenia Research, reúne os resultados do Programa Reação, iniciativa do IPq que, de outubro de 2003 a abril de 2010, conseguiu inserir cerca de cem pacientes em estágios de reabilitação vocacional em São Paulo. Empresas parceiras acolhiam os estagiários sem nenhum ônus. O programa oferecia bolsa mensal de R$ 200 como ajuda de custo para os pacientes.
A ideia do programa surgiu quando Gattaz lecionava na Universidade Heildelberg, na Alemanha. Ele implantou uma ação semelhante em Mannheim, incorporada mais tarde pelo programa local de seguridade social.
A neuropsicóloga Danielle Soares Bio, que também assina o estudo, enumera o perfil dos participantes: pessoas que, em média, conviviam com a esquizofrenia por mais de oito anos e iniciaram o tratamento por volta dos 21 anos. Como pré-requisitos, elas deveriam apresentar boa adesão ao tratamento com os remédios prescritos pelo psiquiatra e quadro clínico estável durante os seis meses anteriores ao programa.
Não havia nenhuma obrigação das empresas parceiras de contratarem os estagiários. Mesmo assim, 42% foram efetivados. "O porcentual seria ainda maior se todos os pacientes contassem com o apoio da família", pondera Danielle, recordando que algumas famílias receavam abrir mão do seguro-desemprego.
Para Gattaz, o trabalho mostra o desejo dessas pessoas de reencontrarem seu lugar na sociedade. "Também sugere que parte da diminuição do rendimento cognitivo é fruto da inatividade, da baixa estimulação intelectual", afirma o pesquisador.
Marcelo (nome fictício) participou do Programa Reação. Depois de seis meses trabalhando em uma organização não governamental na região central de São Paulo, recebeu o convite para ingressar no quadro de funcionários. "Fiquei contente, pois gosto muito do ambiente daqui", diz ele. "A oportunidade ajudou no meu tratamento." Marcelo fala com orgulho do trabalho realizado em uma instituição que promove valores como o aprofundamento da democracia e a responsabilidade ecológica. "Agora, sinto-me útil", resume.
Os depoimentos de empresários também revelam satisfação com o programa. Danielle recorda que, antes e depois do estágio, o empregador também passa por um teste que estima o grau de compreensão e tolerância com transtornos mentais. "Empresas que atuam como parceiras já são instituições com boa consciência social", aponta. "Mesmo assim, com o programa, notamos que muitos receios e incertezas desaparecem."
Nos últimos meses do projeto, pessoas com outros transtornos mentais - como depressão e transtorno bipolar - também participaram do programa. Elas não foram consideradas no estudo publicado na Schizoprenia Research. O trabalho comparou 57 pacientes com esquizofrenia que ingressaram no estágio e um conjunto de 55 pessoas com o mesmo diagnóstico que estava na lista de espera. Gattaz confia na eficácia da estratégia para outros transtornos mentais.
Segundo dados do Ministério da Previdência Social, 13.478 pessoas receberam auxílios-doença por transtornos mentais e comportamentais no ano passado.
Números coincidentes
42 empresas participaram do projeto
42% dos estagiários do programa foram contratados
Alexandre Gonçalves - O Estado de S.Paulo
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100911/not_imp608329,0.php
"As pesquisas realizadas até agora mostravam que pacientes com melhor desempenho cognitivo tinham mais chances de ingressar no mercado profissional", aponta Wagner Gattaz, presidente do conselho do IPq e um dos autores do trabalho. "Comprovamos que a relação inversa também é verdadeira: como diz o ditado, "trabalho faz bem para a cabeça"."
O estudo, publicado na revista científica Schizophrenia Research, reúne os resultados do Programa Reação, iniciativa do IPq que, de outubro de 2003 a abril de 2010, conseguiu inserir cerca de cem pacientes em estágios de reabilitação vocacional em São Paulo. Empresas parceiras acolhiam os estagiários sem nenhum ônus. O programa oferecia bolsa mensal de R$ 200 como ajuda de custo para os pacientes.
A ideia do programa surgiu quando Gattaz lecionava na Universidade Heildelberg, na Alemanha. Ele implantou uma ação semelhante em Mannheim, incorporada mais tarde pelo programa local de seguridade social.
A neuropsicóloga Danielle Soares Bio, que também assina o estudo, enumera o perfil dos participantes: pessoas que, em média, conviviam com a esquizofrenia por mais de oito anos e iniciaram o tratamento por volta dos 21 anos. Como pré-requisitos, elas deveriam apresentar boa adesão ao tratamento com os remédios prescritos pelo psiquiatra e quadro clínico estável durante os seis meses anteriores ao programa.
Não havia nenhuma obrigação das empresas parceiras de contratarem os estagiários. Mesmo assim, 42% foram efetivados. "O porcentual seria ainda maior se todos os pacientes contassem com o apoio da família", pondera Danielle, recordando que algumas famílias receavam abrir mão do seguro-desemprego.
Para Gattaz, o trabalho mostra o desejo dessas pessoas de reencontrarem seu lugar na sociedade. "Também sugere que parte da diminuição do rendimento cognitivo é fruto da inatividade, da baixa estimulação intelectual", afirma o pesquisador.
Marcelo (nome fictício) participou do Programa Reação. Depois de seis meses trabalhando em uma organização não governamental na região central de São Paulo, recebeu o convite para ingressar no quadro de funcionários. "Fiquei contente, pois gosto muito do ambiente daqui", diz ele. "A oportunidade ajudou no meu tratamento." Marcelo fala com orgulho do trabalho realizado em uma instituição que promove valores como o aprofundamento da democracia e a responsabilidade ecológica. "Agora, sinto-me útil", resume.
Os depoimentos de empresários também revelam satisfação com o programa. Danielle recorda que, antes e depois do estágio, o empregador também passa por um teste que estima o grau de compreensão e tolerância com transtornos mentais. "Empresas que atuam como parceiras já são instituições com boa consciência social", aponta. "Mesmo assim, com o programa, notamos que muitos receios e incertezas desaparecem."
Nos últimos meses do projeto, pessoas com outros transtornos mentais - como depressão e transtorno bipolar - também participaram do programa. Elas não foram consideradas no estudo publicado na Schizoprenia Research. O trabalho comparou 57 pacientes com esquizofrenia que ingressaram no estágio e um conjunto de 55 pessoas com o mesmo diagnóstico que estava na lista de espera. Gattaz confia na eficácia da estratégia para outros transtornos mentais.
Segundo dados do Ministério da Previdência Social, 13.478 pessoas receberam auxílios-doença por transtornos mentais e comportamentais no ano passado.
Números coincidentes
42 empresas participaram do projeto
42% dos estagiários do programa foram contratados
Alexandre Gonçalves - O Estado de S.Paulo
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100911/not_imp608329,0.php
Pesquisa: crianças entre nove e 11 anos acreditam que são responsáveis pela própria obesidade
Um estudo sobre autoestima e obesidade infantil, realizado pelo Instituto de Psiquiatria da Universidade de Londres, com crianças de 9 a 11 anos, mostrou que a pouca interação social e as experiências negativas na escola e em casa são as principais causas da baixa autoestima de crianças que acreditam ser responsáveis pelo sobrepeso. Segundo a pesquisa, elas se sentem previamente condenadas e criticadas pelas outras pessoas.
Para o diretor da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), Carlos Alberto Nogueira, o principal é ensinar as crianças com obesidade a lidar com as diversas situações. O assunto foi destaque no Congresso Brasileiro de Nutrologia, que termina nessa sexta-feira, em São Paulo.
Para Nogueira, a principal implicação emocional que envolve a criança com obesidade é o fato de, mesmo não sendo responsáveis diretas, atribuírem a si a culpa pelo próprio excesso de peso. Muitas crianças que possuem peso normal conferem às obesas características negativas que não têm relação alguma com o fato de estarem acima do peso - como falta de inteligência ou antipatia, por exemplo.
— Os pais devem, primeiramente, procurar o tratamento adequado para que os filhos percam peso corretamente — aconselha o nutrólogo.
Segundo o especialista, dificuldades de adaptação na escola, complicações de relacionamento com outras crianças e limitações durante atividades físicas são apenas alguns dos prejuízos sociais que uma criança acima do peso pode sofrer. Tentar mascarar o problema, no entanto, não é a solução,
Ele alerta que a obesidade é um problema de saúde pública e pode levar a diversas outras doenças como diabetes, hipertensão e colesterol.
— Além disso, a criança acima do peso precisa aprender a superar os momentos adversos enquanto faz a dieta, até chegar ao peso ideal. A atitude dos pais, assim como dos professores, deve ser acolhedora, o que não significa fingir que não há nada de errado — aponta.
Nogueira assegura que, se os pequenos não contarem com um suporte psicológico, as consequências podem levar a vários tipos de quadro psicológicos, causando desde irritação e isolamento até depressão e anorexia nervosa, por exemplo.
— Pais e professores devem entender as limitações da criança com obesidade e se adequar a elas. Eles precisam cuidar para que as outras crianças não ridicularizem as que estão obesas e, ao mesmo tempo, têm que manter uma posição realista e fazer com que entendam que é necessário perder peso — salienta.
http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/bem-estar/19,0,3043621,Pesquisa-criancas-entre-nove-e-11-anos-acreditam-que-sao-responsaveis-pelo-propria-obesidade.html
Para o diretor da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), Carlos Alberto Nogueira, o principal é ensinar as crianças com obesidade a lidar com as diversas situações. O assunto foi destaque no Congresso Brasileiro de Nutrologia, que termina nessa sexta-feira, em São Paulo.
Para Nogueira, a principal implicação emocional que envolve a criança com obesidade é o fato de, mesmo não sendo responsáveis diretas, atribuírem a si a culpa pelo próprio excesso de peso. Muitas crianças que possuem peso normal conferem às obesas características negativas que não têm relação alguma com o fato de estarem acima do peso - como falta de inteligência ou antipatia, por exemplo.
— Os pais devem, primeiramente, procurar o tratamento adequado para que os filhos percam peso corretamente — aconselha o nutrólogo.
Segundo o especialista, dificuldades de adaptação na escola, complicações de relacionamento com outras crianças e limitações durante atividades físicas são apenas alguns dos prejuízos sociais que uma criança acima do peso pode sofrer. Tentar mascarar o problema, no entanto, não é a solução,
Ele alerta que a obesidade é um problema de saúde pública e pode levar a diversas outras doenças como diabetes, hipertensão e colesterol.
— Além disso, a criança acima do peso precisa aprender a superar os momentos adversos enquanto faz a dieta, até chegar ao peso ideal. A atitude dos pais, assim como dos professores, deve ser acolhedora, o que não significa fingir que não há nada de errado — aponta.
Nogueira assegura que, se os pequenos não contarem com um suporte psicológico, as consequências podem levar a vários tipos de quadro psicológicos, causando desde irritação e isolamento até depressão e anorexia nervosa, por exemplo.
— Pais e professores devem entender as limitações da criança com obesidade e se adequar a elas. Eles precisam cuidar para que as outras crianças não ridicularizem as que estão obesas e, ao mesmo tempo, têm que manter uma posição realista e fazer com que entendam que é necessário perder peso — salienta.
http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/bem-estar/19,0,3043621,Pesquisa-criancas-entre-nove-e-11-anos-acreditam-que-sao-responsaveis-pelo-propria-obesidade.html
domingo, 22 de agosto de 2010
domingo, 15 de agosto de 2010
Congresso Brasileiro de Psiquiatria 2010
A 28ª edição do Congresso Brasileiro de Psiquiatria (CBP), promovido pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), que acontece de 27 a 30 de outubro, no Centro de Convenções do Ceará, em Fortaleza (CE), tem como tema “Ciência e Compromisso Social”, visando reforçar as boas práticas de saúde mental à população. Entre as 160 atividades científicas estão cursos voltados para psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, estudantes e demais profissionais da área de saúde.
Temas como a base para melhor utilização dos neuropsicofármacos e interações medicamentosas, atenção ao idoso, internação de dependentes químicos e enfermarias especializadas, perícia em psiquiatria forense, uso de medicamentos na gravidez e na infância e adolescência, integram a grade de cursos.
Confira abaixo a grade completa:
Cursos:
27/10
- A perícia em psiquiatria forense: fundamentos
Docentes: Júlio César Fontana-Rosa; Elias Abdalla Filho; Hilda Morana; Talvane de Moraes
- Demência no idoso: da clínica ao tratamento
Docentes: Jerson Laks; Cláudia Débora Silberman; Felipe Kenji Sudo; Annibal Campos Truzz
- Interações medicamentosas e uso adequado dos neuropsicofármacos nas especialidades médicas
Docentes: Douglas Dogol Sucar; Marcelo Allevato; Dirceu Zorzetto Filho
28/10
- Organização de serviço de internação para dependentes químicos: uma proposta de gerenciamento de caso numa enfermaria especializada
Docentes: Ronaldo Ramos Laranjeira; Alessandra Diehl; Daniel Cruz Cordeiro
- Transtornos mentais relacionados ao trabalho: diagnóstico, prevenção, perícia (incapacidade laboral) e nexo (causal e epidemiológico)
Docentes: Duílio Antero de Camargo; Edson Shiguemi Hirata; Sergio Paulo Rigonatti
29/10
- Avanços no tratamento multidisciplinar da esquizofrenia
Docentes: Rodrigo Bressan; Cecília Attux Lacaz; Cecília Cruz Villares; Arthur Berberian
- Uso de psicofármacos na gravidez
Docentes: Amaury Cantilino; Vera Lucia Carvalho Tess; Joel Rennó Jr.; Rodrigo da Silva Dias
30/10
- Atualização em psicofarmacologia na infância e adolescência
Docentes: Fabio Barbirato; César de Moraes; Fernando Ramos Asbahr
- Bases farmacológicas dos tratamentos psiquiátricos: mitos e realidades
Docentes: Marco Antonio Brasil; Francisco Silveira Guimarães; Cristina Marta Del Bem; Eugenio Horácio Grevet
Para maiores informações, inscrições e programação completa, acesse o site do congresso http://www.cbpabp.org.br/
Evento: Congresso Brasileiro de Psiquiatria
Data: de 27 a 30 de outubro de 2010
Local: Centro de Convenções do Ceará - Fortaleza – CE
Temas como a base para melhor utilização dos neuropsicofármacos e interações medicamentosas, atenção ao idoso, internação de dependentes químicos e enfermarias especializadas, perícia em psiquiatria forense, uso de medicamentos na gravidez e na infância e adolescência, integram a grade de cursos.
Confira abaixo a grade completa:
Cursos:
27/10
- A perícia em psiquiatria forense: fundamentos
Docentes: Júlio César Fontana-Rosa; Elias Abdalla Filho; Hilda Morana; Talvane de Moraes
- Demência no idoso: da clínica ao tratamento
Docentes: Jerson Laks; Cláudia Débora Silberman; Felipe Kenji Sudo; Annibal Campos Truzz
- Interações medicamentosas e uso adequado dos neuropsicofármacos nas especialidades médicas
Docentes: Douglas Dogol Sucar; Marcelo Allevato; Dirceu Zorzetto Filho
28/10
- Organização de serviço de internação para dependentes químicos: uma proposta de gerenciamento de caso numa enfermaria especializada
Docentes: Ronaldo Ramos Laranjeira; Alessandra Diehl; Daniel Cruz Cordeiro
- Transtornos mentais relacionados ao trabalho: diagnóstico, prevenção, perícia (incapacidade laboral) e nexo (causal e epidemiológico)
Docentes: Duílio Antero de Camargo; Edson Shiguemi Hirata; Sergio Paulo Rigonatti
29/10
- Avanços no tratamento multidisciplinar da esquizofrenia
Docentes: Rodrigo Bressan; Cecília Attux Lacaz; Cecília Cruz Villares; Arthur Berberian
- Uso de psicofármacos na gravidez
Docentes: Amaury Cantilino; Vera Lucia Carvalho Tess; Joel Rennó Jr.; Rodrigo da Silva Dias
30/10
- Atualização em psicofarmacologia na infância e adolescência
Docentes: Fabio Barbirato; César de Moraes; Fernando Ramos Asbahr
- Bases farmacológicas dos tratamentos psiquiátricos: mitos e realidades
Docentes: Marco Antonio Brasil; Francisco Silveira Guimarães; Cristina Marta Del Bem; Eugenio Horácio Grevet
Para maiores informações, inscrições e programação completa, acesse o site do congresso http://www.cbpabp.org.br/
Evento: Congresso Brasileiro de Psiquiatria
Data: de 27 a 30 de outubro de 2010
Local: Centro de Convenções do Ceará - Fortaleza – CE
Ambulatório de psiquiatria é inaugurado na Zona Norte de SP - II a Missão!
Sobre o post abaixo - atentar para o destaque "Segurança... Devido ao tipo de atendimento realizado..." - ai que medo - ui ui ui!!! rsrsrs
Entretanto... muito legal a inauguração de um AME só de Psiquiatria!
Bjs., Cláudia
Entretanto... muito legal a inauguração de um AME só de Psiquiatria!
Bjs., Cláudia
Ambulatório de psiquiatria é inaugurado na Zona Norte de SP
Foi inaugurado, na manhã desta terça-feira (10), o primeiro Ambulatório Médico de Especialidades (AME) em psiquiatria do estado. A unidade fica na Vila Maria, Zona Norte de São Paulo, e deve atender pacientes com quadros clínicos mais complexos, mas que não precisam de internação.
No total, 25 psiquiatras vão fazer o atendimento, que receberá pacientes encaminhados de outras unidades de saúde do estado e do município. Somente após o controle do problema o paciente será encaminhado ao Centro de Atenção Psicossocial (Caps).
No local, vai haver atendimento exclusivo para os principais grupos de portadores de doenças mentais, como os depressivos e com transtorno bipolar, os dependentes de álcool e drogas, os pacientes com transtornos psicóticos e esquizofrenia e idosos com transtornos mentais, além de psiquiatria infantil e de adolescente.
O governador Alberto Goldman esteve na inauguração, junto do prefeito Gilberto Kassab. “Estamos dando exemplo para todo o país, de como se trata essa questão, que envolve dependentes de drogas e álcool. Nós não podemos evitar a entrada das drogas, porque não é nossa responsabilidade. Com a nossa medicina, temos que tratar aqueles que são dependentes de álcool e de drogas”, afirma Goldman.
Segundo o governo estadual, o projeto uniu os principais especialistas de psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), do Hospital das Clínicas de São Paulo e da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. “Essa AME no campo da psiquiatria terá, sem dúvida, condição de tirar as pessoas da fila com atendimento muito mais rápido no campo tão importante da medicina”, afima Kassab.
Essa é a 32ª AME inaugurada no estado, mas a primeira especializada em psiquiatria. Goldman disse que, até o fim do ano, deve ser inaugurada uma unidade semelhante na Zona Sul da capital.
Segurança
Devido ao tipo de atendimento realizado, vidros das janelas e portas da AME são revestidos com uma película protetora, para evitar que sejam estilhaçados. O prédio conta com uma ala para observação de pacientes em surto, uma área externa de convívio e uma brinquedoteca para crianças em atendimento.
Caroline Hasselmann - Do G1 SP
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2010/08/ambulatorio-de-psiquiatria-e-inaugurado-na-zona-norte-de-sp.html
No total, 25 psiquiatras vão fazer o atendimento, que receberá pacientes encaminhados de outras unidades de saúde do estado e do município. Somente após o controle do problema o paciente será encaminhado ao Centro de Atenção Psicossocial (Caps).
No local, vai haver atendimento exclusivo para os principais grupos de portadores de doenças mentais, como os depressivos e com transtorno bipolar, os dependentes de álcool e drogas, os pacientes com transtornos psicóticos e esquizofrenia e idosos com transtornos mentais, além de psiquiatria infantil e de adolescente.
O governador Alberto Goldman esteve na inauguração, junto do prefeito Gilberto Kassab. “Estamos dando exemplo para todo o país, de como se trata essa questão, que envolve dependentes de drogas e álcool. Nós não podemos evitar a entrada das drogas, porque não é nossa responsabilidade. Com a nossa medicina, temos que tratar aqueles que são dependentes de álcool e de drogas”, afirma Goldman.
Segundo o governo estadual, o projeto uniu os principais especialistas de psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), do Hospital das Clínicas de São Paulo e da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. “Essa AME no campo da psiquiatria terá, sem dúvida, condição de tirar as pessoas da fila com atendimento muito mais rápido no campo tão importante da medicina”, afima Kassab.
Essa é a 32ª AME inaugurada no estado, mas a primeira especializada em psiquiatria. Goldman disse que, até o fim do ano, deve ser inaugurada uma unidade semelhante na Zona Sul da capital.
Segurança
Devido ao tipo de atendimento realizado, vidros das janelas e portas da AME são revestidos com uma película protetora, para evitar que sejam estilhaçados. O prédio conta com uma ala para observação de pacientes em surto, uma área externa de convívio e uma brinquedoteca para crianças em atendimento.
Caroline Hasselmann - Do G1 SP
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2010/08/ambulatorio-de-psiquiatria-e-inaugurado-na-zona-norte-de-sp.html
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Droga para hiperativos tem uso banalizado
O medicamento usado no tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) - vendido no País como Ritalina (Novartis) e Concerta (Jassen-Cilag) - está entre as substâncias controladas mais consumidas no País. Entre 2000 e 2008, o número de caixas vendidas passou de 71 mil para 1,147 milhão - aumento de 1.616%. A alta no consumo veio acompanhada de questionamentos sobre a banalização do uso do remédio à base de metilfenidato entre crianças e adolescentes.
Alguns especialistas apontam a demanda reprimida por tratamento que existia e ainda existe no Brasil como uma explicação para o inchaço nas vendas. Para outros, o fenômeno seria resultado de diagnósticos malfeitos, e crianças que simplesmente não se encaixam no padrão de aprendizagem e comportamento estariam sendo "domadas" à base de psicotrópicos.
O que alimenta ainda mais a polêmica é a dificuldade de diagnosticar o TDAH. Não há um exame definitivo. Os médicos se baseiam em relatos subjetivos de pais e professores sobre o comportamento da criança e num questionário com 18 sintomas relativamente comuns entre jovens, como falar em demasia, interromper conversas e dificuldade para esperar.
"O diagnóstico deve ser feito por um médico treinado, mas envolve também outros especialistas, como psicólogo, psicomotricista e fonoaudiólogo. É preciso descartar outros problemas de saúde que possam afetar o comportamento e o aprendizado", explica o psiquiatra infantil Francisco Assumpção, da Universidade de São Paulo (USP). "Mas muitas vezes os critérios são preenchidos pela própria escola ou até mesmo pelos pais, que me procuram apenas para pedir o remédio. Ora, não sou fábrica de receita."
Nem todo médico é tão rigoroso. O analista legislativo Luís Fernando Leite dos Santos conta que sua filha de 16 anos foi recentemente diagnosticada como portadora de TDAH por ter apresentado alterações de humor e queda de rendimento no último bimestre escolar. "A mãe procurou um neurologista já convencida do problema. Embora o relatório da escola afirmasse que o nível de dispersão nas aulas não era tão relevante, o médico receitou o remédio e ainda disse que eu poderia pegá-lo no posto de saúde", diz o pai, inconformado. "Uma adolescente que está namorando pela primeira vez tem todos os motivos para estar avoada. Mas a mãe não admite que ela repita de ano."
No caso do garoto João Petrika, de 12 anos, a simples mudança de escola fez milagres. Há cerca de quatro anos ele foi diagnosticado como hiperativo e ingressou num programa de tratamento da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Fez terapia e tomou remédios. Mas o desempenho escolar só melhorou neste ano. "Antes ele fazia de tudo para evitar a escola. Agora que mudou de colégio, tem apenas três faltas", conta o pai Antonio Petrika, segundo o qual o tratamento na Unifesp ajudou muito. Mas João, há dois anos sem remédios, tem outra explicação para a mudança de comportamento. "Gosto mais desta escola porque os professores são melhores. Na anterior, ficavam gritando o tempo todo. Eu ficava nervoso e não queria fazer mais nada."
Na moda. O TDAH é um dos transtornos mentais mais comuns em crianças e se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Estudos indicam que a prevalência na população é de 5%. Isso significa que numa sala de aula com 40 alunos, pelo menos 2 teriam a doença.
Mas em algumas escolas o número de alunos em tratamento é bem maior que o estimado (mais informações nesta página). "A dificuldade de aprendizado passou a ser sinônimo de problema com a criança, quando às vezes o problema é da escola", afirma Assumpção. Escola ruim, continua, não é só aquela que não ensina direito, mas também aquela que não respeita o ritmo biológico de cada criança. "Exigir que se aprenda a escrever com 4 anos, por exemplo, é um absurdo", diz o médico.
Para o chefe da psiquiatria infantil da Santa Casa do Rio, Fábio Barbirato, os excessos existem, mas estão restritos às grandes metrópoles. "Nos locais mais pobres do País ainda há muita criança com TDAH sem tratamento", diz.
A idéia de que os jovens estão sendo supermedicados, afirma Guilherme Polanczyk, psiquiatra especialista em infância e adolescência e professor da USP, está baseada numa parcela pequena da população. "Você percebe o aumento do consumo nas classes mais ricas, que têm mais acesso a tratamento."
Tanto Barbirato como Polanczyk defendem os medicamentos à base de metilfenidato como primeira escolha de tratamento para TDAH. "Psicoterapia ajuda, mas controlar os impulsos e focar a atenção só se consegue com remédios", diz Polanczyk.
Ambos também concordam que a falta de tratamento pode deixar o doente mais sujeito a comportamentos de risco, como usar drogas, dirigir de forma imprudente e se envolver em brigas.
"Não podemos demonizar o remédio", afirma Iane Kestelman, presidente da Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA). "Quando se tem mais acesso à informação sobre a doença, é natural que se aumente o uso da medicação. Mas essa conta não deve ser paga pelo portador de TDAH."
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS
Causas
A genética tem papel fundamental, mas fatores ambientais como fumo na gestação e baixo peso no nascimento podem estar envolvidos.
Três perfis
Há o tipo predominantemente hiperativo, outro principalmente desatento e um terceiro tipo combinado.
Gênero
O transtorno é três vezes mais comum em meninos, mas o tipo desatento é mais frequente nas meninas.
Karina Toledo e Mariana Mandelli, Sergio Neves - O Estado de S.Paulo
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100808/not_imp592033,0.php
Alguns especialistas apontam a demanda reprimida por tratamento que existia e ainda existe no Brasil como uma explicação para o inchaço nas vendas. Para outros, o fenômeno seria resultado de diagnósticos malfeitos, e crianças que simplesmente não se encaixam no padrão de aprendizagem e comportamento estariam sendo "domadas" à base de psicotrópicos.
O que alimenta ainda mais a polêmica é a dificuldade de diagnosticar o TDAH. Não há um exame definitivo. Os médicos se baseiam em relatos subjetivos de pais e professores sobre o comportamento da criança e num questionário com 18 sintomas relativamente comuns entre jovens, como falar em demasia, interromper conversas e dificuldade para esperar.
"O diagnóstico deve ser feito por um médico treinado, mas envolve também outros especialistas, como psicólogo, psicomotricista e fonoaudiólogo. É preciso descartar outros problemas de saúde que possam afetar o comportamento e o aprendizado", explica o psiquiatra infantil Francisco Assumpção, da Universidade de São Paulo (USP). "Mas muitas vezes os critérios são preenchidos pela própria escola ou até mesmo pelos pais, que me procuram apenas para pedir o remédio. Ora, não sou fábrica de receita."
Nem todo médico é tão rigoroso. O analista legislativo Luís Fernando Leite dos Santos conta que sua filha de 16 anos foi recentemente diagnosticada como portadora de TDAH por ter apresentado alterações de humor e queda de rendimento no último bimestre escolar. "A mãe procurou um neurologista já convencida do problema. Embora o relatório da escola afirmasse que o nível de dispersão nas aulas não era tão relevante, o médico receitou o remédio e ainda disse que eu poderia pegá-lo no posto de saúde", diz o pai, inconformado. "Uma adolescente que está namorando pela primeira vez tem todos os motivos para estar avoada. Mas a mãe não admite que ela repita de ano."
No caso do garoto João Petrika, de 12 anos, a simples mudança de escola fez milagres. Há cerca de quatro anos ele foi diagnosticado como hiperativo e ingressou num programa de tratamento da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Fez terapia e tomou remédios. Mas o desempenho escolar só melhorou neste ano. "Antes ele fazia de tudo para evitar a escola. Agora que mudou de colégio, tem apenas três faltas", conta o pai Antonio Petrika, segundo o qual o tratamento na Unifesp ajudou muito. Mas João, há dois anos sem remédios, tem outra explicação para a mudança de comportamento. "Gosto mais desta escola porque os professores são melhores. Na anterior, ficavam gritando o tempo todo. Eu ficava nervoso e não queria fazer mais nada."
Na moda. O TDAH é um dos transtornos mentais mais comuns em crianças e se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Estudos indicam que a prevalência na população é de 5%. Isso significa que numa sala de aula com 40 alunos, pelo menos 2 teriam a doença.
Mas em algumas escolas o número de alunos em tratamento é bem maior que o estimado (mais informações nesta página). "A dificuldade de aprendizado passou a ser sinônimo de problema com a criança, quando às vezes o problema é da escola", afirma Assumpção. Escola ruim, continua, não é só aquela que não ensina direito, mas também aquela que não respeita o ritmo biológico de cada criança. "Exigir que se aprenda a escrever com 4 anos, por exemplo, é um absurdo", diz o médico.
Para o chefe da psiquiatria infantil da Santa Casa do Rio, Fábio Barbirato, os excessos existem, mas estão restritos às grandes metrópoles. "Nos locais mais pobres do País ainda há muita criança com TDAH sem tratamento", diz.
A idéia de que os jovens estão sendo supermedicados, afirma Guilherme Polanczyk, psiquiatra especialista em infância e adolescência e professor da USP, está baseada numa parcela pequena da população. "Você percebe o aumento do consumo nas classes mais ricas, que têm mais acesso a tratamento."
Tanto Barbirato como Polanczyk defendem os medicamentos à base de metilfenidato como primeira escolha de tratamento para TDAH. "Psicoterapia ajuda, mas controlar os impulsos e focar a atenção só se consegue com remédios", diz Polanczyk.
Ambos também concordam que a falta de tratamento pode deixar o doente mais sujeito a comportamentos de risco, como usar drogas, dirigir de forma imprudente e se envolver em brigas.
"Não podemos demonizar o remédio", afirma Iane Kestelman, presidente da Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA). "Quando se tem mais acesso à informação sobre a doença, é natural que se aumente o uso da medicação. Mas essa conta não deve ser paga pelo portador de TDAH."
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS
Causas
A genética tem papel fundamental, mas fatores ambientais como fumo na gestação e baixo peso no nascimento podem estar envolvidos.
Três perfis
Há o tipo predominantemente hiperativo, outro principalmente desatento e um terceiro tipo combinado.
Gênero
O transtorno é três vezes mais comum em meninos, mas o tipo desatento é mais frequente nas meninas.
Karina Toledo e Mariana Mandelli, Sergio Neves - O Estado de S.Paulo
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100808/not_imp592033,0.php
domingo, 1 de agosto de 2010
Uso abusivo de bebida e cigarro, visto com certa naturalidade nessa faixa etária, piora doenças e afeta qualidade de vida
Excesso de bebida e fumo durante a velhice ainda são aceitos indevidamente por famílias e médicos e não recebem a atenção devida dos pesquisadores. Como consequência, agravam problemas crônicos nos idosos. O alerta foi feito pela enfermeira gerontologista Madeleine Naegle, professora do Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental da Universidade de Nova York, durante o 17.º Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia.
Em São Paulo, cerca de 9% da população idosa consome álcool em excesso, segundo estudo do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo. Entre os idosos que nunca estudaram está o índice mais alto: 15,9%. No Brasil, pesquisas mostram que 12% dos idosos bebem pesado, 10,4% confessam ter problema com o binge drinking (em uma só ocasião tomar várias doses) e 3% são dependentes. "A prevalência de fumo caiu 35% no Brasil, mas não entre idosos", destacou ainda a enfermeira.
"Só agora as pesquisas falam de dependência de álcool e cigarro entre os velhos. Os médicos não perguntam sobre dependência de drogas, condição que piora com o uso concomitante de diversos medicamentos pelo idoso", afirmou Madeleine. "Às vezes as pessoas dizem que o cigarro ou a bebida são a única coisa que resta ao idoso, mas não é verdade", complementa.
O maior risco desse consumo está nos efeitos do álcool no organismo: perda de massa muscular, prejuízos ao cérebro, hipertensão, comprometimento do fígado e um risco maior de interação negativa com os medicamentos. O álcool e o fumo, além disso, exacerbam as doenças crônicas mais comuns no idoso, como problemas no coração, diabete, artrite e câncer.
Ela defende que médicos sejam enfáticos na apresentação dos ganhos de qualidade de vida que ocorrem com o tratamento da dependência com medicamentos e psicoterapia. "Um ano ou 20 anos que restam podem ser anos de qualidade de vida."
Para a psicóloga Sueli Freire, da Universidade Federal de Uberlândia, os hábitos adquiridos pelas pessoas durante a vida são essenciais para uma boa velhice. "É possível mudar, mas só se o indivíduo tiver uma razão forte para isso, se for convencido. Alguns pacientes dizem, brincando, que não se muda cachorro velho.
Muda-se, sim. Basta um bom treinador."
Fabiane Leite - O Estado de S.Paulo
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100731/not_imp588541,0.php
Em São Paulo, cerca de 9% da população idosa consome álcool em excesso, segundo estudo do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo. Entre os idosos que nunca estudaram está o índice mais alto: 15,9%. No Brasil, pesquisas mostram que 12% dos idosos bebem pesado, 10,4% confessam ter problema com o binge drinking (em uma só ocasião tomar várias doses) e 3% são dependentes. "A prevalência de fumo caiu 35% no Brasil, mas não entre idosos", destacou ainda a enfermeira.
"Só agora as pesquisas falam de dependência de álcool e cigarro entre os velhos. Os médicos não perguntam sobre dependência de drogas, condição que piora com o uso concomitante de diversos medicamentos pelo idoso", afirmou Madeleine. "Às vezes as pessoas dizem que o cigarro ou a bebida são a única coisa que resta ao idoso, mas não é verdade", complementa.
O maior risco desse consumo está nos efeitos do álcool no organismo: perda de massa muscular, prejuízos ao cérebro, hipertensão, comprometimento do fígado e um risco maior de interação negativa com os medicamentos. O álcool e o fumo, além disso, exacerbam as doenças crônicas mais comuns no idoso, como problemas no coração, diabete, artrite e câncer.
Ela defende que médicos sejam enfáticos na apresentação dos ganhos de qualidade de vida que ocorrem com o tratamento da dependência com medicamentos e psicoterapia. "Um ano ou 20 anos que restam podem ser anos de qualidade de vida."
Para a psicóloga Sueli Freire, da Universidade Federal de Uberlândia, os hábitos adquiridos pelas pessoas durante a vida são essenciais para uma boa velhice. "É possível mudar, mas só se o indivíduo tiver uma razão forte para isso, se for convencido. Alguns pacientes dizem, brincando, que não se muda cachorro velho.
Muda-se, sim. Basta um bom treinador."
Fabiane Leite - O Estado de S.Paulo
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100731/not_imp588541,0.php
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Dependência Química,
Idosos
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Cursos 2o Semestre - Enfermagem Psiquiátrica
Dependência Química para Auxiliares e Técnicos de Enfermagem
Carga horária: 8 horas
Data: 30 de Julho - sexta feira (8h00 as 17h00)
Investimento: R$ 50,00
* Inclui certificado de participação, apostila e coffee break
Psicofarmacologia para Enfermeiros
Carga Horária: 48h
Datas:
15 de Agosto (domingo - 08h00 as 17h00)
29 de Agosto (domingo - 08h00 as 17h00)
19 de Setembro (domingo - 08h00 as 17h00)
26 de Setembro (domingo - 08h00 as 17h00)
17 de Outubro (domingo - 08h00 as 17h00)
07 de Novembro (domingo - 08h00 as 17h00)
Investimento: Taxa de Matrícula: R$ 30,00 Curso: 3X R$ 85,00
* Inclui certificado de participação, apostila e coffee break
Psiquiatria infantil – Conceitos Básicos
Carga horária: 8 horas
Data: 21 de Agosto - Sábado (8h00 às 17h00)
Investimento: R$ 70,00
* Inclui certificado de participação, apostila e coffee break
Sessão CINE-PQ
Filme: “Perfume de mulher”
Tema abordado: Depressão
Data: 27 de agosto - 6a feira - 14h
Investimento: R$ 20,00
Carga horária: 4 horas
*Certificado e apostila inclusos
Dependência Química para Enfermeiros
Carga horária: 12 horas
Datas: 24 e 25 de Setembro - sexta feira (8h00 às 17h00) e sábado (8h00 às 12h00)
Investimento: R$ 80,00
* Inclui certificado de participação, apostila e coffee break
Cinema e Psiquiatria
Carga horária: 8 horas
Data: 02 de Outubro - Sábado (8h00 às 17h00)
Investimento: R$ 70,00
* Inclui certificado de participação, apostila e coffee break
Informações:
CP Consultoria e Treinamento
http://www.enfermagempsiquiatrica.com.br/page_6.html
Fone: 11 2601 3608 ou 2865 3286
Carga horária: 8 horas
Data: 30 de Julho - sexta feira (8h00 as 17h00)
Investimento: R$ 50,00
* Inclui certificado de participação, apostila e coffee break
Psicofarmacologia para Enfermeiros
Carga Horária: 48h
Datas:
15 de Agosto (domingo - 08h00 as 17h00)
29 de Agosto (domingo - 08h00 as 17h00)
19 de Setembro (domingo - 08h00 as 17h00)
26 de Setembro (domingo - 08h00 as 17h00)
17 de Outubro (domingo - 08h00 as 17h00)
07 de Novembro (domingo - 08h00 as 17h00)
Investimento: Taxa de Matrícula: R$ 30,00 Curso: 3X R$ 85,00
* Inclui certificado de participação, apostila e coffee break
Psiquiatria infantil – Conceitos Básicos
Carga horária: 8 horas
Data: 21 de Agosto - Sábado (8h00 às 17h00)
Investimento: R$ 70,00
* Inclui certificado de participação, apostila e coffee break
Sessão CINE-PQ
Filme: “Perfume de mulher”
Tema abordado: Depressão
Data: 27 de agosto - 6a feira - 14h
Investimento: R$ 20,00
Carga horária: 4 horas
*Certificado e apostila inclusos
Dependência Química para Enfermeiros
Carga horária: 12 horas
Datas: 24 e 25 de Setembro - sexta feira (8h00 às 17h00) e sábado (8h00 às 12h00)
Investimento: R$ 80,00
* Inclui certificado de participação, apostila e coffee break
Cinema e Psiquiatria
Carga horária: 8 horas
Data: 02 de Outubro - Sábado (8h00 às 17h00)
Investimento: R$ 70,00
* Inclui certificado de participação, apostila e coffee break
Informações:
CP Consultoria e Treinamento
http://www.enfermagempsiquiatrica.com.br/page_6.html
Fone: 11 2601 3608 ou 2865 3286
quarta-feira, 14 de julho de 2010
CNJ inicia mutirão para levantar irregularidades em manicômios judiciais
A situação dos hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico, os chamados manicômios judiciais, é o novo alvo do mutirão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que começou hoje (12) em Salvador (BA) e deve percorrer instituições em todo o país.
De acordo com o juiz auxiliar da presidência do CNJ, Márcio André Keppler Fraga, mais que produzir um relatório com a radiografia do sistema psiquiátrico de custódia, o governo quer “apontar soluções” para os problemas verificados durante o mutirão.
O primeiro local visitado pelo CNJ foi o Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Salvador, onde, segundo Keppler, foram identificadas situações que deverão se repetir durante as inspeções. “São problemas de atendimento mais digno, questões de recursos humanos, carência de pessoal qualificado, questões materiais, questões de higiene, de alimentação”, afirmou.
O principal desafio, no entanto, será a situação de detentos com problemas mentais que estão internados há muito mais tempo que o previsto na lei. Considerados inimputáveis, os pacientes de saúde mental não estão sujeitos ao Código Penal, que prevê pena máxima de 30 anos. No entanto, muitos deles acabam esquecidos nos manicômios judiciais e o tempo da medida de segurança acaba ultrapassando esse limite.
“O que ocorre em muitos casos é que o inimputável acaba recebendo um tratamento mais grave que o próprio criminoso. Ele é jogado lá [em um manicômio judicial] e não tem prazo para sair. Acaba institucionalizado, fica sem contato com a família, sem lugar para recebê-lo, fica lá cumprindo uma situação absolutamente surreal. Pode ficar preso ad eternum”, disse.
Segundo Keppler, a solução para os problemas em instituições psiquiátricas de custódia “não é apenas jurídica”, e deve incluir parcerias com as áreas de saúde e direitos humanos. “Temos que trazer para a cena esse problema que não tem visibilidade muito boa e é um problema sério, de saúde pública, de segurança pública”.
Um dos gargalos do sistema de custódia para doentes mentais é a implementação da Lei 10.216, da Reforma Psiquiátrica, que prevê a substituição da abordagem hospitalar por tratamento de base comunitária para os pacientes de saúde mental, inclusive para os que cumprem medida de segurança.
Agência Brasil
http://www.dgabc.com.br/News/5820868/cnj-inicia-mutirao-para-levantar-irregularidades-em-manicomios-judiciais.aspx
De acordo com o juiz auxiliar da presidência do CNJ, Márcio André Keppler Fraga, mais que produzir um relatório com a radiografia do sistema psiquiátrico de custódia, o governo quer “apontar soluções” para os problemas verificados durante o mutirão.
O primeiro local visitado pelo CNJ foi o Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Salvador, onde, segundo Keppler, foram identificadas situações que deverão se repetir durante as inspeções. “São problemas de atendimento mais digno, questões de recursos humanos, carência de pessoal qualificado, questões materiais, questões de higiene, de alimentação”, afirmou.
O principal desafio, no entanto, será a situação de detentos com problemas mentais que estão internados há muito mais tempo que o previsto na lei. Considerados inimputáveis, os pacientes de saúde mental não estão sujeitos ao Código Penal, que prevê pena máxima de 30 anos. No entanto, muitos deles acabam esquecidos nos manicômios judiciais e o tempo da medida de segurança acaba ultrapassando esse limite.
“O que ocorre em muitos casos é que o inimputável acaba recebendo um tratamento mais grave que o próprio criminoso. Ele é jogado lá [em um manicômio judicial] e não tem prazo para sair. Acaba institucionalizado, fica sem contato com a família, sem lugar para recebê-lo, fica lá cumprindo uma situação absolutamente surreal. Pode ficar preso ad eternum”, disse.
Segundo Keppler, a solução para os problemas em instituições psiquiátricas de custódia “não é apenas jurídica”, e deve incluir parcerias com as áreas de saúde e direitos humanos. “Temos que trazer para a cena esse problema que não tem visibilidade muito boa e é um problema sério, de saúde pública, de segurança pública”.
Um dos gargalos do sistema de custódia para doentes mentais é a implementação da Lei 10.216, da Reforma Psiquiátrica, que prevê a substituição da abordagem hospitalar por tratamento de base comunitária para os pacientes de saúde mental, inclusive para os que cumprem medida de segurança.
Agência Brasil
http://www.dgabc.com.br/News/5820868/cnj-inicia-mutirao-para-levantar-irregularidades-em-manicomios-judiciais.aspx
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quinta-feira, 1 de julho de 2010
Conhecida como Cidade dos Loucos, Barbacena quer se reabilitar do passado
O histórico prédio do Centro Hospitalar de Psiquiatria de Barbacena, em Minas Gerais, ergue-se solitário sobre uma colina. É uma presença imponente, localizada na periferia da cidade, que permanece ali, insistindo em lembrar a população local um sombrio passado que não é possível apagar.
É uma história que começou em 1903, quando a cidade foi escolhida para receber o primeiro hospital psiquiátrico de Minas Gerais, mas continuou por décadas, quando milhares de pessoas foram internadas ali, fazendo com que o município passasse a ser conhecido como a Cidade dos Loucos.
As pessoas internadas sofriam de algum distúrbio mental ou, simplesmente, apresentavam um comportamento inaceitável para o padrão conservador da época, como homossexuais ou mães solteiras, que eram despejados em Barbacena, para serem isolados da sociedade.
Essas pessoas passaram grande parte da sua vida sem qualquer contato com o mundo, enjauladas como animais, submetidas a tratamentos desumanos, a condições sanitárias inadequadas e a todo tipo de tortura. Estima-se que 60 mil pessoas tenham morrido, vítimas das condições precárias da instituição, que chegou a ser comparada a um campo de concentração pelo psiquiatra italiano Franco Basaglia, em 1979.
- À medida que o Brasil foi se urbanizando, passou a ter uma dificuldade de lidar com seus loucos. A solução que existia, até então, era a reclusão. Barbacena ficou muito marcada porque ganhou uma instituição que tinha a pretensão de fazer isso em larga escala - conta Edson Brandão, que pesquisa a história da loucura na cidade.
- A princípio, isso funcionou de forma muito positiva, mas foi desandando ao longo do tempo e formando uma tragédia, porque, quanto mais gente chegava, menos condições o hospital tinha de dar a elas um tratamento digno - diz Brandão, que nasceu em Barbacena.
A história começou a mudar na década de 80, quando teve início no Brasil a luta antimanicomial. O movimento, idealizado por trabalhadores da área de saúde mental, previa o fim dos hospícios e a integração das pessoas com problemas mentais à sociedade. Aos poucos, Barbacena viu o cenário se transformar.
O hospital psiquiátrico continua lá. Mas não funciona mais como um hospício. Hoje, a unidade prioriza o atendimento ambulatorial. Há também uma pequena emergência, chamada de Serviço de Internação de Agudos, com 30 leitos, para internações de curta duração e recuperação de usuários de drogas.
- Tentamos evitar que a internação ultrapasse os 15 dias nesses leitos de agudos - conta a diretora interina do hospital, Mônica Chartuni.
Ainda há pessoas internadas. São 215 pacientes de longa permanência, ou seja, que estão há anos no hospital. Mas a internação é diferente daquela do passado: a maior parte das pessoas vive em enfermarias que parecem casas, no terreno do hospital, e o atendimento é feito de forma humanizada. Além disso, a proposta é que, aos poucos, elas sejam deslocadas para residências terapêuticas, isto é, casas comuns, localizadas no meio da cidade, que comportam de duas a oito pessoas.
- O Centro Hospitalar de Psiquiatria de Barbacena tem uma história de 100 anos em que chegou a abrigar 5 mil pacientes. Hoje ainda tem alguns pacientes de longa permanência que estão aguardando vagas nas residências terapêuticas. Só esperamos a abertura de vagas nessas residências [para dar alta a eles]. Agora, por exemplo, estamos preparando seis senhoras de idade avançada porque vai abrir uma nova residência terapêutica - afirma Mônica.
A mudança no paradigma de tratamento dos pacientes com problemas mentais nos últimos anos também levou a cidade a reavaliar a própria história e a relação com a loucura. Hoje, segundo Edson Brandão, Barbacena está disposta a refletir criticamente sobre a saúde mental.
- Uma parte da população aceita isso com muita naturalidade e até se orgulha porque temos uma história de superação para contar ao mundo. Não tivemos só o hospício com suas faces negativas, também tivemos, depois, todo o trabalho de grandes profissionais de saúde que conseguiram, em poucos anos, reverter essa situação. Hoje somos um exemplo de uma cidade que absorve essa população marginalizada de forma muito eficiente - afirma Brandão.
Segundo ele, a loucura e as tragédias que ocorreram no antigo hospício são um pedaço da história de Barbacena.
- Essa história tem que ser contada e recontada, com aquela velha máxima de que, se todos conhecerem, isso não será repetido - diz o pesquisador.
Agência Brasil
http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2010/06/29/conhecida-como-cidade-dos-loucos-barbacena-quer-se-reabilitar-do-passado-917009326.asp
É uma história que começou em 1903, quando a cidade foi escolhida para receber o primeiro hospital psiquiátrico de Minas Gerais, mas continuou por décadas, quando milhares de pessoas foram internadas ali, fazendo com que o município passasse a ser conhecido como a Cidade dos Loucos.
As pessoas internadas sofriam de algum distúrbio mental ou, simplesmente, apresentavam um comportamento inaceitável para o padrão conservador da época, como homossexuais ou mães solteiras, que eram despejados em Barbacena, para serem isolados da sociedade.
Essas pessoas passaram grande parte da sua vida sem qualquer contato com o mundo, enjauladas como animais, submetidas a tratamentos desumanos, a condições sanitárias inadequadas e a todo tipo de tortura. Estima-se que 60 mil pessoas tenham morrido, vítimas das condições precárias da instituição, que chegou a ser comparada a um campo de concentração pelo psiquiatra italiano Franco Basaglia, em 1979.
- À medida que o Brasil foi se urbanizando, passou a ter uma dificuldade de lidar com seus loucos. A solução que existia, até então, era a reclusão. Barbacena ficou muito marcada porque ganhou uma instituição que tinha a pretensão de fazer isso em larga escala - conta Edson Brandão, que pesquisa a história da loucura na cidade.
- A princípio, isso funcionou de forma muito positiva, mas foi desandando ao longo do tempo e formando uma tragédia, porque, quanto mais gente chegava, menos condições o hospital tinha de dar a elas um tratamento digno - diz Brandão, que nasceu em Barbacena.
A história começou a mudar na década de 80, quando teve início no Brasil a luta antimanicomial. O movimento, idealizado por trabalhadores da área de saúde mental, previa o fim dos hospícios e a integração das pessoas com problemas mentais à sociedade. Aos poucos, Barbacena viu o cenário se transformar.
O hospital psiquiátrico continua lá. Mas não funciona mais como um hospício. Hoje, a unidade prioriza o atendimento ambulatorial. Há também uma pequena emergência, chamada de Serviço de Internação de Agudos, com 30 leitos, para internações de curta duração e recuperação de usuários de drogas.
- Tentamos evitar que a internação ultrapasse os 15 dias nesses leitos de agudos - conta a diretora interina do hospital, Mônica Chartuni.
Ainda há pessoas internadas. São 215 pacientes de longa permanência, ou seja, que estão há anos no hospital. Mas a internação é diferente daquela do passado: a maior parte das pessoas vive em enfermarias que parecem casas, no terreno do hospital, e o atendimento é feito de forma humanizada. Além disso, a proposta é que, aos poucos, elas sejam deslocadas para residências terapêuticas, isto é, casas comuns, localizadas no meio da cidade, que comportam de duas a oito pessoas.
- O Centro Hospitalar de Psiquiatria de Barbacena tem uma história de 100 anos em que chegou a abrigar 5 mil pacientes. Hoje ainda tem alguns pacientes de longa permanência que estão aguardando vagas nas residências terapêuticas. Só esperamos a abertura de vagas nessas residências [para dar alta a eles]. Agora, por exemplo, estamos preparando seis senhoras de idade avançada porque vai abrir uma nova residência terapêutica - afirma Mônica.
A mudança no paradigma de tratamento dos pacientes com problemas mentais nos últimos anos também levou a cidade a reavaliar a própria história e a relação com a loucura. Hoje, segundo Edson Brandão, Barbacena está disposta a refletir criticamente sobre a saúde mental.
- Uma parte da população aceita isso com muita naturalidade e até se orgulha porque temos uma história de superação para contar ao mundo. Não tivemos só o hospício com suas faces negativas, também tivemos, depois, todo o trabalho de grandes profissionais de saúde que conseguiram, em poucos anos, reverter essa situação. Hoje somos um exemplo de uma cidade que absorve essa população marginalizada de forma muito eficiente - afirma Brandão.
Segundo ele, a loucura e as tragédias que ocorreram no antigo hospício são um pedaço da história de Barbacena.
- Essa história tem que ser contada e recontada, com aquela velha máxima de que, se todos conhecerem, isso não será repetido - diz o pesquisador.
Agência Brasil
http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2010/06/29/conhecida-como-cidade-dos-loucos-barbacena-quer-se-reabilitar-do-passado-917009326.asp
Ansiedade e depressão fazem pessoas ficarem dependentes de chocolate
O Instituto de Psiquiatria da USP (Universidade de São Paulo) convoca maiores de 18 anos que se consideram viciados em chocolate a participar de um estudo que pretende levantar as causas da compulsão. Serão dez encontros quinzenais no próprio instituto, localizado na região central de São Paulo, às segundas-feiras, das 10h às 11h30. Durante os encontros, os pesquisadores vão incentivar diálogos sobre o tema e oferecer chocolates aos participantes.
Apesar de o termo “chocólatra” ser usado popularmente por quem apenas gosta de chocolate, comer demais a guloseima pode ser sinal de compulsão ou mesmo um distúrbio alimentar que requer tratamento clínico e psiquiátrico. Isso porque o produto vira uma válvula de escape para pessoas com ansiedade ou depressão, que alteram os níveis de serotonina do cérebro, responsáveis pelas sensações de prazer.
Segundo o psiquiatra Arthur Kaufman, líder da pesquisa do Programa de Atendimento ao Obeso do Ipq, a pessoa pode ser considerada viciada em chocolate quando come o doce todos os dias, em bastante quantidade e em um curto espaço de tempo. A vontade incontrolável de ingerir a guloseima é característica comum à compulsão alimentar.
- Um chocólatra é aquela pessoa que come de 300g a 500g de chocolate por dia, mas tem gente que chega a comer 1kg.
Outro fator comum ao chocólatra é usar o doce para aliviar momentos de tensão, explica Kaufman.
- O chocolate libera um neurotransmissor chamado endorfina, o mesmo que é liberado quando se faz muitas horas de academia, que dá sensação de prazer, porque ativa a liberação da serotonina, responsável pelo humor. Quem come chocolate tem melhora imediata do humor.
A economista Carolina de Oliveira, de 25 anos, é chocólatra assumida. Funcionária de uma grande empresa de telecomunicações, sua carga de trabalho diário costuma ser intensa.
- Quando eu não estou estressada como uns quatro ou cinco chocolates. Mas se eu estiver, é mais de dez.
Chego a perder a conta.
A predileção de Carolina pelo doce chega afetar outras refeições. Ela disse que gosta de trocar o almoço por uma barra. Tanto que em um antigo trabalho chegou a cultivar uma gaveta repleta de chocolates em sua mesa de trabalho. Questionada se se considera viciada, a economista não titubeou.
- Sou muito chocólatra. Eu entrei de dieta e consegui ficar sem chocolate por no máximo sete dias e meio.
Não ligo de não comer comida, mas não dá para ficar sem chocolate.
A troca de alimentos por chocolate é outro fator comum entre os chocólatras, de acordo com o endocrinologista Leila Maria Batista de Araújo, vice-presidente da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica). Isso porque, segundo ela, o vício em chocolate já sinaliza que a pessoa tem uma alimentação desregrada.
- Não deixa de ser um distúrbio alimentar. As pessoas se privam de uma alimentação adequada e, para não se frustrar, tentam comer o chocolate.
Neste grupo, a médica inclui até as celebridades que, mesmo apresentando belos corpos, dizem abusar da guloseima.
- O indivíduo que faz dietas exageradas se priva de coisas importantes, o que gera uma desregulação na operação do metabolismo, alterando os níveis de serotonina. E isso faz ela querer comer muito doce, porque abe que vai ficar mais calma.
Tratamento é feito com moderador de apetite ou antidepressivos
Se for comprovada a compulsão pelo chocolate, o tratamento deve ser realizado como o de qualquer outro distúrbio alimentar, com medicação que limite a vontade de comer descontroladamente. Segundo a endocrinologista da Abeso, são indicados remédios a base de sibutramina (moderador de apetite) ou antidepressivos como a fluoxetina.
- Se a pessoa é obesa, damos a sibutramina para ela perder peso. Se sofre de transtorno de ansiedade ou é depressiva, damos a fluoxetina que vai tentar normalizar os níveis de serotonina.
Junto aos medicamentos, o ideal é receber também orientação psicológica ou psiquiátrica. Para a psicóloga Cecília Zylberstajn, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, a psicoterapia é importante porque age na parte emocional, ajudando a pessoa a reconhecer seus sentimentos que levam à compulsão.
- A terapia vai ajudá-la a identificar os problemas existentes que podem influenciar na mudança do comportamento.
Autor: R7.COM Fonte: O NORTÃO
http://www.onortao.com.br/ler.asp?id=34781
Apesar de o termo “chocólatra” ser usado popularmente por quem apenas gosta de chocolate, comer demais a guloseima pode ser sinal de compulsão ou mesmo um distúrbio alimentar que requer tratamento clínico e psiquiátrico. Isso porque o produto vira uma válvula de escape para pessoas com ansiedade ou depressão, que alteram os níveis de serotonina do cérebro, responsáveis pelas sensações de prazer.
Segundo o psiquiatra Arthur Kaufman, líder da pesquisa do Programa de Atendimento ao Obeso do Ipq, a pessoa pode ser considerada viciada em chocolate quando come o doce todos os dias, em bastante quantidade e em um curto espaço de tempo. A vontade incontrolável de ingerir a guloseima é característica comum à compulsão alimentar.
- Um chocólatra é aquela pessoa que come de 300g a 500g de chocolate por dia, mas tem gente que chega a comer 1kg.
Outro fator comum ao chocólatra é usar o doce para aliviar momentos de tensão, explica Kaufman.
- O chocolate libera um neurotransmissor chamado endorfina, o mesmo que é liberado quando se faz muitas horas de academia, que dá sensação de prazer, porque ativa a liberação da serotonina, responsável pelo humor. Quem come chocolate tem melhora imediata do humor.
A economista Carolina de Oliveira, de 25 anos, é chocólatra assumida. Funcionária de uma grande empresa de telecomunicações, sua carga de trabalho diário costuma ser intensa.
- Quando eu não estou estressada como uns quatro ou cinco chocolates. Mas se eu estiver, é mais de dez.
Chego a perder a conta.
A predileção de Carolina pelo doce chega afetar outras refeições. Ela disse que gosta de trocar o almoço por uma barra. Tanto que em um antigo trabalho chegou a cultivar uma gaveta repleta de chocolates em sua mesa de trabalho. Questionada se se considera viciada, a economista não titubeou.
- Sou muito chocólatra. Eu entrei de dieta e consegui ficar sem chocolate por no máximo sete dias e meio.
Não ligo de não comer comida, mas não dá para ficar sem chocolate.
A troca de alimentos por chocolate é outro fator comum entre os chocólatras, de acordo com o endocrinologista Leila Maria Batista de Araújo, vice-presidente da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica). Isso porque, segundo ela, o vício em chocolate já sinaliza que a pessoa tem uma alimentação desregrada.
- Não deixa de ser um distúrbio alimentar. As pessoas se privam de uma alimentação adequada e, para não se frustrar, tentam comer o chocolate.
Neste grupo, a médica inclui até as celebridades que, mesmo apresentando belos corpos, dizem abusar da guloseima.
- O indivíduo que faz dietas exageradas se priva de coisas importantes, o que gera uma desregulação na operação do metabolismo, alterando os níveis de serotonina. E isso faz ela querer comer muito doce, porque abe que vai ficar mais calma.
Tratamento é feito com moderador de apetite ou antidepressivos
Se for comprovada a compulsão pelo chocolate, o tratamento deve ser realizado como o de qualquer outro distúrbio alimentar, com medicação que limite a vontade de comer descontroladamente. Segundo a endocrinologista da Abeso, são indicados remédios a base de sibutramina (moderador de apetite) ou antidepressivos como a fluoxetina.
- Se a pessoa é obesa, damos a sibutramina para ela perder peso. Se sofre de transtorno de ansiedade ou é depressiva, damos a fluoxetina que vai tentar normalizar os níveis de serotonina.
Junto aos medicamentos, o ideal é receber também orientação psicológica ou psiquiátrica. Para a psicóloga Cecília Zylberstajn, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, a psicoterapia é importante porque age na parte emocional, ajudando a pessoa a reconhecer seus sentimentos que levam à compulsão.
- A terapia vai ajudá-la a identificar os problemas existentes que podem influenciar na mudança do comportamento.
Autor: R7.COM Fonte: O NORTÃO
http://www.onortao.com.br/ler.asp?id=34781
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domingo, 27 de junho de 2010
Grupo invade clínica de reabilitação e mata 9 no México
Um grupo armado invadiu uma clínica de reabilitação e matou nove homens no estado de Durango, no México. O atentado ocorreu neste sábado, segundo informações das autoridades locais. Outros nove homens ficaram feridos.
A procuradoria da justiça informou que entre as vítimas está o proprietário da clínica. O local tinha 50 pessoas internadas. Alguns conseguiram fugir no momento do ataque.
Os corpos das vítimas, que tinham entre 17 e 50 anos de idade, foram encontrados em diversos lugares da clínica.
Outro ataque
Este é o segundo ataque a clínicas de recuperação de drogados no México em 2010. Em 11 de junho, 19 pessoas foram mortas em outro centro de reabilitação para dependentes químicos no estado vizinho de Chihuahua.
Os ataques a estes locais têm sido atribuídos a acertos de contas do narcotráfico porque vendedores de drogas os estariam utilizando para se esconderem de grupos rivais.
No ano passado, também no estado de Chihuahua, mas na fronteiriça Ciudad Juárez, houve vários ataques a centros de reabilitação de toxicômanos, entre os quais se destaca o ocorrido em setembro, quando foram assassinados 18 jovens no conhecido "El Aliviane".
Nos últimos dois anos, episódios ocorridos em centros de ajuda a viciados em drogas deixaram mais de 50 mortos no estado.
Com agências internacionais
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/757925-grupo-invade-clinica-de-reabilitacao-e-mata-9-no-mexico.shtm
A procuradoria da justiça informou que entre as vítimas está o proprietário da clínica. O local tinha 50 pessoas internadas. Alguns conseguiram fugir no momento do ataque.
Os corpos das vítimas, que tinham entre 17 e 50 anos de idade, foram encontrados em diversos lugares da clínica.
Outro ataque
Este é o segundo ataque a clínicas de recuperação de drogados no México em 2010. Em 11 de junho, 19 pessoas foram mortas em outro centro de reabilitação para dependentes químicos no estado vizinho de Chihuahua.
Os ataques a estes locais têm sido atribuídos a acertos de contas do narcotráfico porque vendedores de drogas os estariam utilizando para se esconderem de grupos rivais.
No ano passado, também no estado de Chihuahua, mas na fronteiriça Ciudad Juárez, houve vários ataques a centros de reabilitação de toxicômanos, entre os quais se destaca o ocorrido em setembro, quando foram assassinados 18 jovens no conhecido "El Aliviane".
Nos últimos dois anos, episódios ocorridos em centros de ajuda a viciados em drogas deixaram mais de 50 mortos no estado.
Com agências internacionais
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/757925-grupo-invade-clinica-de-reabilitacao-e-mata-9-no-mexico.shtm
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sábado, 26 de junho de 2010
Pelo menos 1% da população usa tranquilizantes de forma abusiva, afirma psiquiatra
No Dia Internacional contra o Abuso e Tráfico de Drogas uma questão merece maior atenção: o uso abusivo de tranquilizantes. Segundo o médico do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), Ivan Mário Braun, pelo menos 1% da população usa tranquilizantes de maneira abusiva.
O integrante do grupo interdisciplinar de estudos de álcool e drogas (Grea) explica que, em função das restrições impostas ao consumo álcool, existem grupos que usam comprimidos para obter efeitos semelhantes àqueles alcançados com a ingestão de bebidas alcoólicas. Dessa forma, a detecção dessas substâncias no organismo é mais difícil que a do álcool.
“O uso abusivo de tranquilizantes atinge cerca de 1% da população, cifra menor que a das demais drogas, mas numa população de 190 milhões de habitantes representa um grupo significativo”, disse Braun. O psiquiatra afirmou que a liberação do uso de drogas em alguns países pode inibir o tráfico, mas o consumo também pode aumentar.
O tema da campanha do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (Unodc), lançada este ano no Dia Internacional contra o Abuso e Tráfico de Drogas é "Pense em saúde, não em drogas".
Agência Brasil
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/06/26/cienciaesaude,i=199580/PELO+MENOS
+1+DA+POPULACAO+USA+TRANQUILIZANTES+DE+FORMA+ABUSIVA+AFIRMA+
PSIQUIATRA.shtml
O integrante do grupo interdisciplinar de estudos de álcool e drogas (Grea) explica que, em função das restrições impostas ao consumo álcool, existem grupos que usam comprimidos para obter efeitos semelhantes àqueles alcançados com a ingestão de bebidas alcoólicas. Dessa forma, a detecção dessas substâncias no organismo é mais difícil que a do álcool.
“O uso abusivo de tranquilizantes atinge cerca de 1% da população, cifra menor que a das demais drogas, mas numa população de 190 milhões de habitantes representa um grupo significativo”, disse Braun. O psiquiatra afirmou que a liberação do uso de drogas em alguns países pode inibir o tráfico, mas o consumo também pode aumentar.
O tema da campanha do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (Unodc), lançada este ano no Dia Internacional contra o Abuso e Tráfico de Drogas é "Pense em saúde, não em drogas".
Agência Brasil
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/06/26/cienciaesaude,i=199580/PELO+MENOS
+1+DA+POPULACAO+USA+TRANQUILIZANTES+DE+FORMA+ABUSIVA+AFIRMA+
PSIQUIATRA.shtml
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Lula declara guerra contra o crack
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1287085-7823-LULA+DECLARA+GUERRA+CONTRA+O+CRACK,00.html
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Caps Amazônia, mais um grande avanço em Saúde Mental
Com novo endereço e novo nome, foi reinaugurado, nesta sexta-feira (18), o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) da Marambaia, que atende a 512 pacientes portadores de transtorno mental dos bairros da Marambaia, Satélite, Benguí, Cabanagem, Tapanã, Val-de-Cães, Souza, Parque Verde, Atalaia, Sideral e Castanheira.
Chamado agora de Caps Amazônia, o serviço funciona na Passagem Dalva, no bairro da Marambaia, em uma casa com mais espaço físico e conforto para usuários, familiares e profissionais de saúde. Cada ambiente da casa tem um nome regional: Espaço Muiraquitã, Sala Pará, Rondônia, Amazonas, Roraima, Tocantins, Tamba-Tajá, Jatobá, Espaço Uirapuru, Salão Marajoara e a cozinha Açaí.
A programação de reinauguração contou com a presença da diretora técnica da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), Domingas Alves, do coordenador estadual de Saúde Mental, Rodolfo Valentim, do diretor da 1ª Regional de Saúde, Márcio Maués e convidados.
Dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), o Centro de Atenção Psicossocial é um serviço que substitui a internação psiquiátrica e tem o objetivo de promover a inserção social das pessoas portadoras de transtorno mental na família, no trabalho e na comunidade, com a ajuda de uma equipe multidisciplinar. O modelo tem como lema "inserir sim, segregar não".
O Caps Amazônia está localizado na área de abrangência da 1ª Regional de Saúde da Sespa e tem como missão "assegurar aos pacientes portadores de transtorno mental grave ou persistente, atendimento integral, visando a sua reinserção na sociedade. O Centro atende a pacientes encaminhados do Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, das Unidades de Saúde e também demanda espontânea.
Como Caps tipo I, oferece atendimento individual, em grupo, oficinas terapêuticas e atividades comunitárias, incluindo, por exemplo, consultas especializadas, fornecimento de medicamentos, passeios, comemoração de datas festivas, assembleia de pacientes e familiares, visitas domiciliares, atendimento à família e atividades comunitárias.
Para Rodolfo Valentim, a mudança de nome e endereço representa mais uma conquista da Política de Saúde Mental no Estado, uma vez que melhora as condições de atendimento aos usuários e de trabalho para os profissionais de saúde.
Segundo Rodolfo, a Política de Saúde Mental tem avançado bastante nos últimos três anos e meio, "pois em 2006 havia apenas 29 Caps no Pará e hoje temos 47, fortalecendo a política da desospitalização das pessoas com sofrimento psíquico". "E há perspectiva de inaugurarmos mais oito Caps em oito municípios, alcançando uma boa cobertura", acrescentou.
Ele também lembrou que foi feita reestruturação da Clínica Psiquiátrica do Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, permitindo a ampliação de dez para 24 leitos de internação. E que em maio, o Pará ganhou a sua primeira Residência Terapêutica, onde moram oito pacientes remanescentes do Hospital Psiquiátrico Juliano Moreira e da Unidade de Recuperação Psicossocial (URP) (antigo Ciaspa).
De acordo com a diretora do Caps Amazônia, Goretti Martins, a mudança mais significativa foi o espaço físico, contribuindo para o melhor desenvolvimento de todas as atividades do Caps, com mais conforto para usuários e trabalhadores de saúde. "E com esse espaço temos condições de futuramente torná-lo Caps III, com funcionamento 24 horas".
A diretora técnica da Sespa, Domingas Alves, elogiou e agradeceu pelo trabalho dos profissionais, ressaltando que "só trabalha no Caps quem se doa e tem amor ao próximo", portanto são profissionais que gostam realmente do que fazem.
Domingas alertou que é preciso falar de doença mental como se fala se qualquer outra doença, principalmente porque "transtorno mental é a doença da alma, doença do século, e ninguém está imune a ela".
"O Caps Amazônia é um exemplo de serviço de qualidade em saúde mental oferecido aos usuários do SUS e reforça a política do governo atual do cuidado com as pessoas, acolhendo-as e as tratando com respeito e dignidade", concluiu.
Serviço: O Caps Amazônia fica na Avenida Tavares Bastos, Passagem Dalva nº 377, entrada ao lado do Supermercado Yamada. Telefone: (91) 3238-0511.
Roberta Vilanova - Sespa
Agência Pará
http://www.agenciapara.com.br/exibe_noticias_new.asp?id_ver=65213
Chamado agora de Caps Amazônia, o serviço funciona na Passagem Dalva, no bairro da Marambaia, em uma casa com mais espaço físico e conforto para usuários, familiares e profissionais de saúde. Cada ambiente da casa tem um nome regional: Espaço Muiraquitã, Sala Pará, Rondônia, Amazonas, Roraima, Tocantins, Tamba-Tajá, Jatobá, Espaço Uirapuru, Salão Marajoara e a cozinha Açaí.
A programação de reinauguração contou com a presença da diretora técnica da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), Domingas Alves, do coordenador estadual de Saúde Mental, Rodolfo Valentim, do diretor da 1ª Regional de Saúde, Márcio Maués e convidados.
Dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), o Centro de Atenção Psicossocial é um serviço que substitui a internação psiquiátrica e tem o objetivo de promover a inserção social das pessoas portadoras de transtorno mental na família, no trabalho e na comunidade, com a ajuda de uma equipe multidisciplinar. O modelo tem como lema "inserir sim, segregar não".
O Caps Amazônia está localizado na área de abrangência da 1ª Regional de Saúde da Sespa e tem como missão "assegurar aos pacientes portadores de transtorno mental grave ou persistente, atendimento integral, visando a sua reinserção na sociedade. O Centro atende a pacientes encaminhados do Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, das Unidades de Saúde e também demanda espontânea.
Como Caps tipo I, oferece atendimento individual, em grupo, oficinas terapêuticas e atividades comunitárias, incluindo, por exemplo, consultas especializadas, fornecimento de medicamentos, passeios, comemoração de datas festivas, assembleia de pacientes e familiares, visitas domiciliares, atendimento à família e atividades comunitárias.
Para Rodolfo Valentim, a mudança de nome e endereço representa mais uma conquista da Política de Saúde Mental no Estado, uma vez que melhora as condições de atendimento aos usuários e de trabalho para os profissionais de saúde.
Segundo Rodolfo, a Política de Saúde Mental tem avançado bastante nos últimos três anos e meio, "pois em 2006 havia apenas 29 Caps no Pará e hoje temos 47, fortalecendo a política da desospitalização das pessoas com sofrimento psíquico". "E há perspectiva de inaugurarmos mais oito Caps em oito municípios, alcançando uma boa cobertura", acrescentou.
Ele também lembrou que foi feita reestruturação da Clínica Psiquiátrica do Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, permitindo a ampliação de dez para 24 leitos de internação. E que em maio, o Pará ganhou a sua primeira Residência Terapêutica, onde moram oito pacientes remanescentes do Hospital Psiquiátrico Juliano Moreira e da Unidade de Recuperação Psicossocial (URP) (antigo Ciaspa).
De acordo com a diretora do Caps Amazônia, Goretti Martins, a mudança mais significativa foi o espaço físico, contribuindo para o melhor desenvolvimento de todas as atividades do Caps, com mais conforto para usuários e trabalhadores de saúde. "E com esse espaço temos condições de futuramente torná-lo Caps III, com funcionamento 24 horas".
A diretora técnica da Sespa, Domingas Alves, elogiou e agradeceu pelo trabalho dos profissionais, ressaltando que "só trabalha no Caps quem se doa e tem amor ao próximo", portanto são profissionais que gostam realmente do que fazem.
Domingas alertou que é preciso falar de doença mental como se fala se qualquer outra doença, principalmente porque "transtorno mental é a doença da alma, doença do século, e ninguém está imune a ela".
"O Caps Amazônia é um exemplo de serviço de qualidade em saúde mental oferecido aos usuários do SUS e reforça a política do governo atual do cuidado com as pessoas, acolhendo-as e as tratando com respeito e dignidade", concluiu.
Serviço: O Caps Amazônia fica na Avenida Tavares Bastos, Passagem Dalva nº 377, entrada ao lado do Supermercado Yamada. Telefone: (91) 3238-0511.
Roberta Vilanova - Sespa
Agência Pará
http://www.agenciapara.com.br/exibe_noticias_new.asp?id_ver=65213
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