quinta-feira, 19 de maio de 2011

Museu da Loucura- Barbacena MG

Médico propõe aprofundar medidas na área do tratamento psiquiátrico no Brasil

Aprofundar com a sociedade a discussão sobre o novo modelo assistencial no campo da saúde mental e a compreensão do que significam os transtornos nessa área deve ser a próxima etapa da luta pela reforma psiquiátrica no Brasil. A afirmação é do médico Paulo Amarante, pesquisador na Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, da Fundação Oswaldo Cruz (Ensp/Fiocruz), e autor do livro Saúde Mental e Atenção Psicossocial, que está em sua terceira edição.

No Dia Nacional de Luta Antimanicomial, comemorado hoje (18), Amarante, um dos pioneiros do combate à violência psiquiátrica no país, ressalta como altamente positivo o fato de o país ter hoje mais de 1.500 serviços abertos, os chamados centros de Atenção Psicossocial, onde o paciente é tratado na própria comunidade e se incorpora a projetos sociais, culturais e políticos.

“Há 20 anos, o Brasil tinha praticamente como tratamento psiquiátrico os hospitais – instituições fechadas, muito mal tratadas e abandonadas - , como ficou demonstrado no clássico documentário Em Nome da Razão, do cineasta Helvécio Ratton”, lembra o médico. Ele afirma, no entanto, que ainda há no país muitos hospitais psiquiátricos onde a violência ainda é a norma, como os de Sorocaba (SP) e Cachoeiro do Itapemirim (ES).

Para Paulo Amarante, é preciso ir mais além da luta antimanicomial, ajudando a sociedade a superar preconceitos com relação aos portadores de transtornos mentais. “As pessoas têm a ideia de que alguém com um transtorno mental é agressivo, é perigoso. Isso tudo são preconceitos que foram sendo construídos ao longo da história. Na verdade, são pessoas como nós, um ou outro com maior problema, mas isso não impede que tenham um outro lado desejoso de trabalhar, de participar de projetos”, disse.

O pesquisador da Fiocruz destaca a importância de políticas públicas como o projeto do Ministério da Cultura, lançado pelo então ministro Gilberto Gil, Loucos pela Diversidade. “Todos falam na importância de nomes como Arthur Bispo do Rosário e Fernando Diniz, grandes artistas plásticos que morreram em hospitais psiquiátricos, mas não havia uma política para dar visibilidade à obra dessas pessoas em vida”, ressalta Paulo Amarante.

Ainda no Rio, a Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil comemorou o Dia Nacional de Luta Antimanicomial com o evento Por uma Sociedade sem Manicômios em Defesa do SUS e da Vida!, que ocorre até as 20 horas, na Cinelândia, no centro da cidade. Segundo a secretaria, nos últimos anos, o município do Rio de Janeiro obteve avanços na área de saúde mental e foi pioneiro na instauração da bolsa de incentivo à desospitalização para que os pacientes psiquiátricos retornem ao convívio familiar.

Como resultado da política atual, em 2010 foram inaugurados os dois primeiros Caps - Centro de Atenção Psicossocial - com funcionamento 24 horas. As novas unidades permitiram, de acordo com a secretaria, um decréscimo até 50% das internações nas emergências dos hospitais psiquiátricos.

Outro grande avanço na luta antimanicomial apontado pela Secretaria Municipal de Saúde é a implantação das residências terapêuticas e moradias assistidas. Atualmente, a cidade conta com 32 residências e quatro moradias, onde são assistidos 184 pacientes, a maioria pessoas que passaram anos internadas.
Paulo Virgilio - Repórter da Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-05-18/medico-propoe-aprofundar-medidas-na-area-do-tratamento-psiquiatrico-no-brasil

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Psicofarmacologia para Enfermeiros - Monte sua turma!

Datas: aproveite o mês de Julho e MONTE SUA TURMA! São 32 horas de curso. Junte seus amigos, monte uma turma, e organize as datas de acordo com a disponibilidade de vocês. Quanto mais amigos, maior o desconto para o curso!

Mínimo de 6 pessoas - Neste caso o curso sai por: taxa de Matrícula: R$ 30,00 Curso: 3X R$ 80,00 por aluno

Turmas de 7 a 9 pessoas - NÃO PAGA TAXA DE MATRÍCULA. Neste caso o curso sai por 3X R$ 80,00 por aluno

Turmas acima de 10 pessoas – Não paga taxa de Matrícula e o curso sai por 3X DE R$70,00 por aluno

Carga Horária: 32 horas - Para montar a turma basta se organizar da seguinte forma: 4 encontros de 8 horas/aula ou 8 encontros de 4 horas/aula.

Público-alvo: Enfermeiros e Graduandos de Enfermagem

Local: Rua Oriçanga, 141 – Praça da Árvore – São Paulo
Próximo ao Metrô Praça da Árvore

Informações: CP Consultoria e Treinamento
contato@enfermagempsiquiatrica.com.br
Fone: 11 2601 3608 ou 2865 3286
http://www.enfermagempsiquiatrica.com.br/

Temas abordados:
# Introdução à Psicofarmacologia
o Princípios de Fisiologia do Sistema Nervoso Central
o Princípios de Fisiologia do Sistema Nervoso Autônomo
o Neurotransmissores

# Antipsicóticos
o Psicose e Esquizofrenia
# Ansiolíticos e Hipnóticos-sedativos
o Ansiedade e Insônia

# Antidepressivos e Estabilizadores do Humor
o Depressão
o Transtornos Bipolares

# Ampliadores Cognitivos: atenção e memória
o TDAH
o Doença de Alzheimer

# Psicofármacos e o Paciente Idoso

# Psicofarrmacologia da Recompensa e Drogas de Abuso
o Tolerância e Síndrome de Abstinência
o Uso Abusivo de Drogas
o Alucinógenos

Que tal começarmos a sermos HERÓIS???

Olá, muito bom dia!!!

"Ninguém joga papel no lixo, simplesmente porque ninguém joga papel no lixo e se ninguém joga, não vou ser eu o único herói a jogar", me disse um funcionário de uma empresa, ao perguntar-lhe o porquê de ele próprio não ter jogado o papel de seu sanduíche no lixo.

Temos um problema sério no Brasil.

As pessoas têm vergonha de ser "certinhas".

As pessoas são levadas, pelo meio e pelos colegas e amigos, a fazer as coisas mal-feitas, pela metade, com baixo comprometimento.

Temos vergonha de serem "heróis" e por isso acabamos vivendo em ambientes cada vez mais degradados e temos serviços cada vez mais de baixíssima qualidade. Parece mesmo que desenvolvemos uma cultura de que "é errado fazer o certo" - vão nos chamar de "bajulador, lambe-botas, maçaneta", etc.

PRECISA-SE DE UM HERÓI !!! Estamos precisando de pessoas que façam bem feito.

Que se importem.

Que se comprometam com o certo, com o correto.

Que tomem para si a responsabilidade de fazer.

Que se preocupem com a qualidade do que fazem e também da do que os outros estão fazendo.

Essa atitude de ter vergonha de ser "herói" precisa acabar.

E precisa acabar já - "pelo bem de todos e pela felicidade geral da nação".

Só assim sairemos deste verdadeiro subdesenvolvimento mental que nos tem atacado e feito tão mal a nós próprios e ao próprio Brasil.

Nesta semana, gostaria que você pensasse nisto.

Perca a vergonha de ser "herói" e passe a comprometer-se cada vez mais com a melhoria da qualidade de vida de todos nós, fazendo o certo e tendo orgulho desse seu "heroísmo".

Luiz Almeida Marins Filho, Ph.D.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Obesidade e auto-estima podem andar juntas?

Vários fatores influenciam no comportamento de pessoas obesas. Há algumas que conseguem ser felizes mesmo estando com sobrepeso. Mas, parte delas sofre com a baixa auto-estima.
A psicóloga clínica, especializada em transtornos alimentares, Aline Amazonas, atende em seu consultório pessoas obesas todos os dias, há sete anos. Ela aponta que a auto-estima e a felicidade podem sim ser características dos gordinhos.

Aline concorda com a afirmação de que obesidade e felicidade podem caminhar juntas, mas há um limite para essa relação. E esse limite é ditado pela saúde.

Felicidade saudável

Ser um “gordinho feliz” pode ocorrer enquanto há apenas um sobrepeso moderado. Ser um obeso feliz não é algo plenamente possível. “Tem as modelos gordinhas que estão no mercado de trabalho. Mas, será que lá dentro elas queriam ser gordinhas. Não se sabe se isso é uma proteção. Até quando isso é real. Isso me faz feliz sempre? Tem um monte de paciente que se diz feliz e quando emagrece adora”, revela.

As pessoas devem prestar atenção até quando a obesidade é aceitável. “Até quando isso não me faz mal? Elas devem se questionar se são realmente felizes. As pessoas têm medo de morrer. Ser gordinho só é legal quando não mexe com sua saúde. Obesidade grau1 é bonitinha, mas no grau 3 está cheia de comorbidades (doenças associadas)”, aponta.

De acordo com Aline, não se trata de defender, ou incentivar o culto da magreza. Mas, de atentar para os problemas gerados pelo excesso de peso.
É possível ser um gordinho feliz, mas a saúde pode impedir que um obeso mórbido tenha uma auto-estima elevada.

Literatura

Vários livros falam sobre o tema obesidade. Um deles, lançado no último mês pela Matrix Editora, “AleGGria – Linda, gostosa, amada, poderosa e muito feliz com o peso que você tem” da escritora Nelma Penteado, que também é especialista em técnicas motivacionais.

A obra apresenta uma nova perspectiva de vida para as mulheres que se encontram acima do peso. A autora ressalta a beleza feminina que foge dos padrões e tipos ideais.

Não se pode generalizar

A psicóloga, além de alertar para a necessidade de se pensar na saúde, aponta a necessidade de se analisar os motivos responsáveis pela a obesidade de cada um. Ela diz que não existe uma receita ideal para se aceitar ou combater a gordura.

“Quando sou gordo, eu tenho as minhas limitações externas e internas. Quando se emagrece a imagem melhora. Mas, cada história é um contexto. Não podemos particularizar as histórias. Cada um deve observar a origem dessa obesidade em particular. O que importa é a saúde e o bem estar”, finaliza.

Leandro Tapajós
http://acritica.uol.com.br/vida/Obesidade-auto-estima-andar-juntas_0_478152608.html